Thank You, Mr. Goldman
Sérgio Malbergier, na Folha de São Paulo
Empacotar bem o produto pode ser a chave do sucesso, todo marqueteiro sabe disso.
O economista Jim O'Neill, do banco americano Goldman Sachs, empacotou no início da década Brasil, Rússia, Índia e China no acrônimo Bric e o vendeu aos investidores globais como potências emergentes que dominarão a economia do mundo em 2050.
Foi um sucesso.
Sempre haverá economistas e políticos no Brasil esbravejando irracionalmente contra qualquer coisa que venha de Wall Street, como se nada tivéssemos a aprender ou a ganhar com o centro financeiro mais avançado do mundo. Pois eu acho que O'Neill merece uma estátua diante da Bovespa: seu pacote bric atraiu muitos investidores e muitos bilhões de dólares ao país. Fez muito mais por nós que a grande maioria dos políticos e autoridades com seus nomes em ruas e praças. E o Goldman Sachs colocou o Brasil no bric logo em 2003, o primeiro ano da Era Lula, quando o sindicalista barbudo ainda assustava muito os mercados.
O Brasil, sempre lerdo, foi o último dos quatro a engrenar. E ainda rodamos em rotação bem menor que nossos três companheiros emergentes. Por outro lado, somos mais democráticos que Rússia e China e mais coesos que a Índia, e nossa economia é mais aberta.
(*) Foto: em Wall Street, o mais famoso pregão de Bolsa de Valores do Mundo: New York Stock Exchange.
Sérgio Malbergier, na Folha de São Paulo
Empacotar bem o produto pode ser a chave do sucesso, todo marqueteiro sabe disso.
O economista Jim O'Neill, do banco americano Goldman Sachs, empacotou no início da década Brasil, Rússia, Índia e China no acrônimo Bric e o vendeu aos investidores globais como potências emergentes que dominarão a economia do mundo em 2050.
Foi um sucesso.
Sempre haverá economistas e políticos no Brasil esbravejando irracionalmente contra qualquer coisa que venha de Wall Street, como se nada tivéssemos a aprender ou a ganhar com o centro financeiro mais avançado do mundo. Pois eu acho que O'Neill merece uma estátua diante da Bovespa: seu pacote bric atraiu muitos investidores e muitos bilhões de dólares ao país. Fez muito mais por nós que a grande maioria dos políticos e autoridades com seus nomes em ruas e praças. E o Goldman Sachs colocou o Brasil no bric logo em 2003, o primeiro ano da Era Lula, quando o sindicalista barbudo ainda assustava muito os mercados.
O Brasil, sempre lerdo, foi o último dos quatro a engrenar. E ainda rodamos em rotação bem menor que nossos três companheiros emergentes. Por outro lado, somos mais democráticos que Rússia e China e mais coesos que a Índia, e nossa economia é mais aberta.
(*) Foto: em Wall Street, o mais famoso pregão de Bolsa de Valores do Mundo: New York Stock Exchange.
Um comentário:
Como somos o aluninho atrasado, para ganhar as carícias dos professores de finanças, somos também, para compensar, o país onde mais se lava dinheiro e de onde mais se exportam divisas.
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