1 de mai. de 2008

PT complica sucessão municipal

Por Chico Bruno

Ando de saco cheio do noticiário político nacional. Anda tudo emperrado. É uma pasmaceira horrível. Tapiocas, vinhos, champanhas, viagens da sogra, pautas obstruídas, corrupção, CPIs, e haja saco.
Alguns desmemoriados levantam teses antigas, como a que o PT só serve para ser apoiado e etc. e tal. Isso é muito velho, basta relembrar eleições passadas para se chegar à conclusão de que o que aconteceu em 2002 e 2006 foi apenas a maneira de assegurar as eleições de Lula e garantir a governança.
O normal petista é o que eles estão fazendo hoje pelo país afora com vistas a 2008 e 2010, haja vista, que não tem mais Lula para disputar a presidência. Não entra nas cacholas petistas que para continuar comendo filé mignon vão ter que reparti-lo com outros partidos.
Em alguns lugares, petistas que não possuem a arrogância da seção paulista do partido, sabem que é preciso repartir o bolo, como é o caso do Acre, Sergipe e Minas Gerais, mas na maioria o dedo do paulistério petista é quem manda.
O caso do veto da Executiva Nacional a aliança costurada, há meses, pelo prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, (PSDB) para organizar a candidatura do secretário Márcio Lacerda (PSB) à Prefeitura de Belo Horizonte é o exemplo, pronto e acabado, da arrogância dos petistas paulistas que controlam o partido.
Vamos fazer um exercício rápido. O PT do Amapá sabe que não tem chances de eleger o prefeito de Macapá, mas não topa fazer parte de uma frente comandada por uma legenda da base aliada que tenha mais chances. Isso se repete em Salvador, Belém, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Cuiabá, entre outras capitais.
No caso especifico do Rio de Janeiro, o PT nacional impôs ao governador Sérgio Cabral o rompimento de um acordo com o DEM, em favor do apoio ao petista Alessandro Molon.
Em breve o PT e Sérgio Cabral vão ter que pagar o mico de voltar atrás na aliança extra-oficial, pois,
Anthony Garotinho, presidente regional do PMDB, aguarda o momento ideal para implodir o mico Molon.
Em Salvador, o PT, que deu uma banana para o PMDB, vai para as prévias com quatro pretendentes a pré-candidatura à prefeitura soteropolitana.
Isso tudo sem levar em conta, que o PT está rachado no Congresso Nacional no que se refere à previdência e saúde.
É ou não é para ficar de saco cheio?

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com Chico Bruno. Tudo é manipulação: Lula lança os balões de ensaio para os outros se queimarem. Como o PT está sempre na mídia por causa dos escândalos, ele pode dar um golpe no próprio partido para, sozinho, enriquecer mais o Lulinha, formar nova base e ainda conseguir "hitlerizar" o país.
Como? Se não der certo a federalização das eleições municipais, ele certamente sairá limpinho do negócio, pondo toda a culpa no Partido. Cargos e dinheiro não faltam para negociar novos apoios. O Mercado, os Bancos, as Estatais, as empresas que mamam na "mãe", sobretudo as petrolíferas e empreiteiras, os políticos corruptos e os interesses internaionais que o digam. E nóis, ó: sifu.

Abreu disse...

Ficar de "saco cheio" com a arrogância dos petralhas — quando essa arrogância só os prejudica?!?

Uai, siô! Só se eu estivesse "do lado deLLes!!!

Que que é isso, seu Chico?!?