26 de fev. de 2007

2007

Por Plínio Zabeu

Parece que finalmente o ano vai começar. Acabou o carnaval, acabaram as férias dos deputados, só falta acabar de concluir o ministério para o segundo mandato do presidente. Há 4 meses, mais precisamente, desde o dia 01 de novembro – quando foram contados os votos pela reeleição – que todos esperamos a nova composição ministerial. São 34 os ministros, por enquanto, claro. O número poderá aumentar sem limites para contentar a todos os que apoiaram, apóiam ou apoiarão o presidente no atual mandato.
Tanta coisa por fazer...
Mas, enquanto nada disso fica pronto – parece que o PMDB está exigindo mais que o combinado – eis que os nossos políticos, tão espertos que são, não estão parados.
Acabam de conseguir aposentadoria para um grande número deles. Gente que foi deputado por algum tempo, ou que foi comprovado como corrupto, passa a receber uma bela quantia, paga por nós, à guisa de direito de aposentado.
Ex-governadores (principalmente o tal Zeca do PT, 22 mil reais) também agora têm o direito de receber aposentadoria. Até mesmo um vice que exerceu por apenas alguns meses, já que o titular concorria à eleição, também está aposentado.
Não se fala mais dos quarenta ladrões mostrados pelo procurador da República. Tudo parece que vai continuar como antes, a pior, a mais corrupta, a mais repulsiva legislatura de nossa história.
Uma revista inglesa – The econimist – trouxe uma reportagem analisando o congresso brasileiro a quem tachou simplesmente de “chiqueiro”, ou seja, imundície total. Necessitamos com urgência total, sem demora, de uma autêntica reforma política. Esta sim poderia resolver pelo menos em parte tão grave problema. Mas totalmente impossível, segundo o referido artigo: “Seria como se os perus votassem favoravelmente à existência do NATAL”.
Claro, quem pensa que deputados e senadores fariam qualquer mudança no sistema atual de liberdade para trocar de partidos, negociar seus votos, comparecer apenas dois dias na semana, isso quando para lá vão?
Enquanto isso ficamos sabendo de proprietários de fazendas no nordeste estão preocupados com falta de mão de obra. Ninguém lá quer um emprego sob o risco de perder a mamata do conhecido bolsa família, ou bolsa esmola, ou bolsa voto, chamem do que quiserem.
E as invasões? Rainha (criminoso já condenado, mas inexplicavelmente livre), Stédile e membros da CUT fazem invasões. E o governo fazendo de conta que não sabe de nada. Cadê a Polícia? A CUT tem existência legal, diferente do MST.
Feliz ou infeliz 2007?
pzabeu@uol.com.br

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