28 de fev. de 2007

EM NOME DA ROSA

Ralph J. Hofmann

A rose under any other name is still as sweet.
(William Shakespeare)

Cupido dá uma roda a Hapocrates em agradecimento por ele não ter denunciado Vênus sua mãe. (Mitologia Grega)

Conforme lemos abaixo Rosinha Garotinho lança seu perfume o Segredo da Rosa Nada mais adequado para uma política criadora de grife. Afinal, no seu métier principal, a política a alma do negócio é o segredo, e conquanto Shakespeare tenha dito que uma rosa por qualquer outro nome tem olor igualmente doce, não sei se uma rosa vinda da Garotinha não encerra algum mistério especial.

Na minha cabeça o que salta à mente é o latim “sub rosa”, sob a rosa,ou ou seja secreto, confidencial, uma conjuração, um segredo. Claramente coisa de políticos, de traficantes de segredos.

Fico imaginando em campanhas futuras os partidários da família Garotinho se identificando na rua com flacons de perfume da garota, ou pelo cheiro de seu sabonete. Nada de troca de senhas. O sujeito está numa multidão, ou até num ônibus, respira fundo e já sabe: “Há um dos nossos aqui.” Pode até haver um código. O portador de cheiro de xampu da garota está mais alto nos quadros da conjuração do que um mero redolente a sabonete. “ Ele é um mero sabonete, eu sou xampu. Um dia talvez chegue a deo-colônia”.

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