24 de fev. de 2007

DOS BANCOS

Por Francisco Marcos, cientista político.

Os jornalões publicaram como matéria, o desempenho dos cinco principais bancos privados: Bradesco. Itaú, ABN REAL, Unibanco e Santander. A soma do lucro líquido dos mesmos em 2006 perfaz R$ 14,5 bilhões. Dividindo este montante por 31.536.000 teremos um lucro de R$ 460,00 por segundo. Calculando mais um pouco isto significa 1,3 salários mínimos, e no total de 2006: 41 milhões de salários mínimos. Fica no ar quanto foi a participação dos bancários neste lucro, sabedores do número de funcionários poderíamos calcular quanto cada um, com seu trabalho colaborou para gerar lucro.
Em nome da tão decantada transparência opaca qual a participação nos lucros médios para os chamados mendigos de gravata. Uma categoria que antes de Vargas conquistou estabilidade aos dois anos de serviço, depois o pai dos pobres alongou para dez, nos anos militares foi praticamente extinta com a criação do FGTS. A categoria foi dizimada, de mais de um milhão restam 300 mil se muito. Ainda os paspalhos ficam falando de geração de emprego e renda.
O Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários era respeitado e organizado, como exemplo fica que a Beneficência Portuguesa em São Paulo, capital, era a responsável pelo atendimento médico aos bancários. Fica desmontada a farsa de que com o advento da Universidade Sindical do ABC evoluiu. Realmente o Brasil não é um país de todos, mas um país de tolos, anestesiados pelas pirotecnias marqueteiras de um criminoso fiscal. Que está livre, leve e solto batalhando por uma polpuda conta publicitária da Petrobras.
Os sindicatos dos bancários o que já realizaram pela categoria, o pessoal das lotéricas, as meninas que caçam pessoas nas ruas para levar às financeiras, são consideradas bancárias? A resposta deve ser dada pelos atuais dirigentes bancários, sem nomeá-los para que não venham com lamúrias ou atacar-me como sendo da elite dominante ou a serviço disso ou daquilo. Estarei satisfeito se o internauta refletir sobre os números apresentados, educar é ensinar a pensar.
Pensem, aproveitem que não existe, ainda, o ISP-Imposto Sobre Pensamento.

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