Por Giulio SanmartiniEm maio de 2004, com rojões de apito e fanfarras (como sói nesse governo de muita exibição e poucos resultados), partiram para o Haiti 1.200 soldados brasileiros, cuja missão era estabilizar aquela da ONU no local.
O jornal estadunidense Washington Post, classificou a presença brasileira como um fracasso, fato que irritou o chanceler Celso Amorim. Passados quase quatro anos, os resultados positivos são nulos, mas existem alguns negativos
Aconteceram três fatos desagradáveis com a tropa: um soldado foi ferido num confronto co com troca de tiros em Citè Solei, antigo bairro de trabalhadores mandado construir pelo ditador Papa Doc, transformada hoje em uma favela, que não se entende como seres humanos possam viver lá (foto).
No mesmo local, um coronel foi seqüestrado e mantido como refém, quando solto disse somente seu nome Odair, recusando-se a dizer seu sobrenome.
Enfim, o mais grave, o general Urano Teixeira da Matta Bacellar (foto), comandante da missão, em janeiro de 2006 foi encontrado morto por ferimento de arma de fogo em seu quarto de hotel. Celso Amorim, em princípio recusou a hipótese de suicídio: “Nada do que tenhamos ouvido poderia prever o que ocorreu, considerando a hipótese de suicídio”. A coisa ainda está meio nebulosa, não se falou mais no assunto, mas parece que a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, achou por bem considerar o incidente como suicídio.
Mais nada os soldados brasileiros (exército, marinha e aeronáutica) parece que tenham feito. Ontem (19/2) o jornal italiano la Repubblica de tendência esquerdista e francamente simpatizante de Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma reportagem de página inteira sobre a ilha do Caribe, sem falar uma vez se quer no Brasil ou em suas tropas.A situação do país é alarmante, está tomado pelos bandidos. O chefão Jean-Jean, cuja polícia conhece somente seu nome e não seu rosto, há alguns meses, antes que começasse uma partida futebol (pelada) irritou-se e matou pessoalmente vinte e três pessoas. Com esse fato tornou-se o chefe de quadrilha mais poderosa da capital Port-au-Prince. A missão do Médicos sem Fronteira, só pudem atuar no local pois ele lhes deu o devido salvo conduto.
Na favela Cite Sleil, onde a polícia não ousa entrar. Os capacetes azuis da ONU, sempre trocam tiros com o banditismo e, como sempre acontece, são atingidas pessoas que nada tem a ver com o assunto, criança, mulher e velhos.
Nem sei porque, mas mudando o que deve ser mudado (muito pouco) algo me faz lembrar o Rio de Janeiro atual. Com a diferença que lá existem soldados das Forças Armadas Brasileiras e no Rio, somente uma polícia corrupta, um bando de milícias ilegais e uma Força de Segurança inoperante.
Um comentário:
Przado Giulio,
O nome da mulher agora passa a ser MARTA SUPRE-SEXO
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