Candidatos paraguaios querem rever preço de Itaipu
Não é só o bispo Fernando Lugo, possível candidato à presidência paraguaia no ano que vem, que está querendo renegociar os contratos de Itaipu. Desde que a Bolívia conseguiu aumentar o preço do gás pago pela Petrobras, aumentou no Paraguai como um todo o desejo de rever também o preço da energia que é paga pelo Brasil por Itaipu.
O presidente do Senado lá, Carlos Mateo Balmelli, pré-candidato pelo Partido Liberal, disse hoje, no Rio, que também acha que é preciso haver mais transparência no contrato de Itaipu que, segundo ele, "está regido por um acordo internacional que não se submete nem a lei brasileira, nem à paraguaia". O senador reclamou da falta de clareza e disse que, por enquanto, o governo está cuidando disso de maneira "muito discreta".
Hoje Itaipu, junto com a soja, que também é produzida por brasileiros, são os principais atores econômicos do país.
Na verdade, a energia paga por Itaipu é reajustada em dólares. Na época do dólar alto, o preço era reajustado a cada 15 dias, já agora com esse câmbio baixo...
Recentemente, publicamos uma coluna explicando detalhes da visão brasileira do processo. A grande esperança do Brasil era que só Lugo pensasse assim, porque talvez ele nem seja candidato. Mas sabem como é a dinâmica de eleição: a bandeira está se espalhando. Isso é, na certa, mercado futuro de encrenca com vizinhos
Clique aqui para ver a matéria no blog da Míriam Leitão.
Não é só o bispo Fernando Lugo, possível candidato à presidência paraguaia no ano que vem, que está querendo renegociar os contratos de Itaipu. Desde que a Bolívia conseguiu aumentar o preço do gás pago pela Petrobras, aumentou no Paraguai como um todo o desejo de rever também o preço da energia que é paga pelo Brasil por Itaipu.
O presidente do Senado lá, Carlos Mateo Balmelli, pré-candidato pelo Partido Liberal, disse hoje, no Rio, que também acha que é preciso haver mais transparência no contrato de Itaipu que, segundo ele, "está regido por um acordo internacional que não se submete nem a lei brasileira, nem à paraguaia". O senador reclamou da falta de clareza e disse que, por enquanto, o governo está cuidando disso de maneira "muito discreta".
Hoje Itaipu, junto com a soja, que também é produzida por brasileiros, são os principais atores econômicos do país.
Na verdade, a energia paga por Itaipu é reajustada em dólares. Na época do dólar alto, o preço era reajustado a cada 15 dias, já agora com esse câmbio baixo...
Recentemente, publicamos uma coluna explicando detalhes da visão brasileira do processo. A grande esperança do Brasil era que só Lugo pensasse assim, porque talvez ele nem seja candidato. Mas sabem como é a dinâmica de eleição: a bandeira está se espalhando. Isso é, na certa, mercado futuro de encrenca com vizinhos
Clique aqui para ver a matéria no blog da Míriam Leitão.
Um comentário:
No caso do gás natural adquirido da Bolívia, não ocorreu entrega gratuita de patrimônio e, tampouco, submissão da Petrobrás.
Não deve ser esquecido, que a Bolívia, por incapacidade de seus governantes, foi espoliada por tosos os seus vizinhos (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), a ponto de perder um total de 1.274.695 km2 de seu território inicial, inclusive acesso ao Oceano Pacífico, por tratados e guerras, ficando, atualmente, com só 1.098.581 km2.
A Bolívia nada mais fez do que procurar defender seus interesses, renegociando contratos que lhe são lesivos.
No caso do contrato da YPFB com a Pantanal Energia, para a termelétrica de Cuiabá.o preço do gás natural passou de US$ 1,09 por milhão de BTU (daqui por diante denominado MB) para US$ 4,20 por MB, o mesmo preço do contrato com a Petrobrás, para fornecimento pelo gasoduto Bolívia - Brasil; pelo mesmo gás natural, a Argentina paga US$ 5,00 por MB.
No caso do Contrato da YPFB com a Petrobrás, não ocorreu nenhum acréscimo no preço do gás natural; entretanto, está prevista a assinatura de aditivo ao contrato, valorizando as frações eteno, propano, butano, isobutano e gasolina natural, consideradas como matérias petroquímicas, que não mais serão vendidas pelo preço da fração metano, utilizada como fonte de energia.
Caberá, portanto, ao Brasil construir um pólo petroquímico na fronteira, em Corumbá, para melhor aproveitar as frações mais valiosas do gás natural adquirido.
A título de comparação, a Ucrânia aceitou a proposta da Gazprom russa, passando o preço do gás natural de US$ 4,40 por MB para US$ 13,00 por MB; a mesma Gazprom está fornecendo gás natural para diversos países da Europa a até US$ 18,70 por MB, preço ainda acrescido pela tarifa de passagem pelo gasoduto ucraniano, mas pretende reajustá-lo.
No caso da energia elétrica adquirida do Paraguai, a coisa vai pegar, pois, qualquer que seja o candidato eleito no Paraguai, o Tratado de Itaipu será denunciado e levado a tribunais internacionais.
Em 01/03/2007, o jornal ABC Color, de Assunção, publicou artigo denominado “Las águas del río Paraná valen oro”, que começa com a seguinte frase:
“El Paraguay no es tanto um país atrasado y pobre como a menudo se cree, sino un país explotado y empobrecido por sus grandes e vorazes vecinos, el Brasil y la Argentina.”
Postar um comentário