Por Plínio ZabeuMuitos não se lembram ou não ficaram sabendo que no século passado a economia mundial experimentou um incrível crescimento. Um “boom” comercial permitiu um avanço considerável no setor. Isso aconteceu entre os anos de 1969 e 1974. Nesse período o PIB brasileiro ultrapassava os 8% anuais.
Tal evolução aqui foi o resultado de um acompanhamento sério de todo o crescimento mundial. Todos os países cresciam.
Passado aquele período o comércio mundial entrou em um tipo de recessão ou então de estagnação. Concorreram para isso vários fatores, o mais importante deles o exagerado aumento do preço do petróleo, além de guerras envolvendo produtores. Fundada a OPEP, todos os países dependentes do óleo ficaram à mercê dos poderosos vendedores. Eles conseguiam, e conseguem ainda, controlar os preços.
(na foto o primeiro carro brasileiro movido à álcool, na década 1920).
Alguns países reagiram, como o Brasil que criou o chamado “pró-álcool”, permitindo a produção e a fabricação de motores movidos com o novo combustível que, além da vantagem de ser um produto renovável, provoca menores danos ao ambiente. Por outro lado, como tínhamos reservas de óleo, principalmente submarinas, o processo de produção foi evoluindo até chegarmos, senão à auto-suficiência, ao menos num patamar mais que confortável. Não é verdade que tal situação foi conseguida apenas no governo atual, mas sim o resultado de 3 décadas de atividades nesse sentido.
O Brasil se acomodou desde então. Nosso crescimento tem sido sempre pequeno nos últimos 20 anos. Progressos foram conseguidos com o combate a inflação, câmbio flutuante, privatizações e sobretudo a Responsabilidade Fiscal.
Eis que, a partir de 2003, de novo o mundo experimentou a mesma situação acima descrita. Um novo “boom” comercial. Todos então cresceram de modo extraordinário, menos os países que não se programaram para esta situação.
Foi assim com o Brasil. Não aproveitamos o crescimento mundial e hoje assistimos ao que parece ser o fim do período glorioso da economia. Mantivemos estagnado nosso crescimento (só o Haiti perdeu pra gente!). Agora, com quedas internacionais a partir da China, vem aí um prejuízo incalculável.
Conseguimos sim alguma vantagem que foi um estoque de moeda internacional (100 bilhões de dólares) muito bom, mas que tem também um limite.
Será que o PAC não vem vindo um pouco tarde? Como se comportará o mercado internacional? A equipe econômica terá como tarefa executar o prometido – mas não cumprido - crescimento nos bons tempos. Conseguirá agora?
pzabeu@uol.com.br
O Brasil se acomodou desde então. Nosso crescimento tem sido sempre pequeno nos últimos 20 anos. Progressos foram conseguidos com o combate a inflação, câmbio flutuante, privatizações e sobretudo a Responsabilidade Fiscal.
Eis que, a partir de 2003, de novo o mundo experimentou a mesma situação acima descrita. Um novo “boom” comercial. Todos então cresceram de modo extraordinário, menos os países que não se programaram para esta situação.
Foi assim com o Brasil. Não aproveitamos o crescimento mundial e hoje assistimos ao que parece ser o fim do período glorioso da economia. Mantivemos estagnado nosso crescimento (só o Haiti perdeu pra gente!). Agora, com quedas internacionais a partir da China, vem aí um prejuízo incalculável.
Conseguimos sim alguma vantagem que foi um estoque de moeda internacional (100 bilhões de dólares) muito bom, mas que tem também um limite.
Será que o PAC não vem vindo um pouco tarde? Como se comportará o mercado internacional? A equipe econômica terá como tarefa executar o prometido – mas não cumprido - crescimento nos bons tempos. Conseguirá agora?
pzabeu@uol.com.br
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