Existe a historinha do dono de um bar, nascido na Península Ibérica, que tinha um maravilhoso relógio de bolso Patek Phillippe, com correntão, tudo de ouro.
O nosso amigo ficava à porta do estabelecimento, de tamanco, camiseta de meia e colete, esta última peça só para abrigar o relógio, a espera que alguém lhe pedisse as horas, o que lhe dava a oportunidade de exibir o maior tesouro de sua vida.
De uma feita chega um e lhe faz elogios ao relógio, mas com uma restrição: - Era muito bonito, pena que não fosse de ouro.
O ibérico revoltou-se quase chegaram às vias de fato, mas resolveram fazer uma aposta alta sobre o assunto e foram a um ourives, que estava combinado previamente com o contestador, examinou e sacudindo a cabeça, afirmou que não era de ouro. O dono da peça pagou entristecido a aposta, mas o pior para seu orgulho é que não era de ouro.
Passado um tempo, chegou outro sujeito ao bar, também combinado com o primeiro e pediu as horas. O ibérico acabrunhado tirou o relógio do bolso e o atendeu, a que este fez uma observação sobre a beleza da peça. O dono do bar, respondeu, que era muito bonito, pena que não fosse de ouro. Daí surgiu um discussão porque o freguês dizia que era de ouro e o dono do estabelecimento que não era. Aí este viu a oportunidade de ressarcir-se do prejuízo anterior e apostaram o dobro, entraram numa joalheria qualquer e o ourives confirmou que era de ouro. O ibérico pagou a aposta, não sabia se triste ou alegre, perdera um dinheirão, mas talvez seu tesouro fosse de ouro. Estava nisso quando alguém lhe pede as horas, ele automaticamente atende e o outro lhe pergunta.
- Bonito relógio, é de ouro?
O dono do bar olha bem seu Patek e finaliza:
- Às vezes é, às vezes não é!
Pois, é nem sei se o presidente da República tem um relógio Patek Phillippe, o mais certo é que não o tenha, mas as palavra empenhada é como o relógio da historinha: às vezes é, às vezes não é.
Prometeu aos insubordinados sargentos da aeronáutica mundos e fundos, agora os deixa falando sozinhos e os chama de irresponsáveis.
Ter um presidente incompetente e ruim, ter um presidente de honestidade duvidosa é pior, agora ter um presidente que a mesmo tempo é incompetente, de honestidade duvidosa e não tem palavra, é “Algo que nunca antes se viu na história desse país”. (G.S.)
Clique em Texto Completo para ler o artigo de Josias de Souza (Folha de São Paulo) -
O nosso amigo ficava à porta do estabelecimento, de tamanco, camiseta de meia e colete, esta última peça só para abrigar o relógio, a espera que alguém lhe pedisse as horas, o que lhe dava a oportunidade de exibir o maior tesouro de sua vida.
De uma feita chega um e lhe faz elogios ao relógio, mas com uma restrição: - Era muito bonito, pena que não fosse de ouro.
O ibérico revoltou-se quase chegaram às vias de fato, mas resolveram fazer uma aposta alta sobre o assunto e foram a um ourives, que estava combinado previamente com o contestador, examinou e sacudindo a cabeça, afirmou que não era de ouro. O dono da peça pagou entristecido a aposta, mas o pior para seu orgulho é que não era de ouro.
Passado um tempo, chegou outro sujeito ao bar, também combinado com o primeiro e pediu as horas. O ibérico acabrunhado tirou o relógio do bolso e o atendeu, a que este fez uma observação sobre a beleza da peça. O dono do bar, respondeu, que era muito bonito, pena que não fosse de ouro. Daí surgiu um discussão porque o freguês dizia que era de ouro e o dono do estabelecimento que não era. Aí este viu a oportunidade de ressarcir-se do prejuízo anterior e apostaram o dobro, entraram numa joalheria qualquer e o ourives confirmou que era de ouro. O ibérico pagou a aposta, não sabia se triste ou alegre, perdera um dinheirão, mas talvez seu tesouro fosse de ouro. Estava nisso quando alguém lhe pede as horas, ele automaticamente atende e o outro lhe pergunta.
- Bonito relógio, é de ouro?
O dono do bar olha bem seu Patek e finaliza:
- Às vezes é, às vezes não é!
Pois, é nem sei se o presidente da República tem um relógio Patek Phillippe, o mais certo é que não o tenha, mas as palavra empenhada é como o relógio da historinha: às vezes é, às vezes não é.
Prometeu aos insubordinados sargentos da aeronáutica mundos e fundos, agora os deixa falando sozinhos e os chama de irresponsáveis.
Ter um presidente incompetente e ruim, ter um presidente de honestidade duvidosa é pior, agora ter um presidente que a mesmo tempo é incompetente, de honestidade duvidosa e não tem palavra, é “Algo que nunca antes se viu na história desse país”. (G.S.)
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VÔO DE LULA PASSA A SER CONTROLADO PELOS MILITARES.
Durante três dias, os controladores de tráfego aéreo controlaram, além do vaivém de aviões, os movimentos do presidente da República. Súbito, Lula passou ao controle de outras mãos. É teleguiado agora pelos militares. Enquadrado pelos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, o presidente deu um rasante sobre o compromisso que o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) assumira, em seu nome, com os sargentos que, por meio de um motim, paralisaram os aeroportos do país por cinco horas.
Submetido a controle militar, Lula deu passa-moleque nos controladores de vôo. Na noite de sexta-feira (30), falando em nome do chefe, Paulo Bernardo prometera mundos e fundos aos sargentos amotinados. Agora, o governo dá uma banana aos insurretos que confiaram nele. Nesta terça-feira (3), depois de reuniu-se com representantes dos controladores de vôo, Bernardo disse que o governo deseja negociar, “mas não com a faca no pescoço."
Na sexta, o mesmo ministro oferecera, espontaneamente, a própria jugular aos sargentos rebelados. Pior: encostara na lâmina da faca também a garganta do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Junito Saito. Para restabelecer os pousos e as decolagens, Bernardo assinara um documento comprometendo-se em atender às reivindicações dos revoltosos.
Prometera, por exemplo, anular as punições administrativas impostas pela Aeronáutica a controladores militares. Prometera que não haveria sanções à anarquia de sexta. "Nós não falamos nada de anistia, nem hoje nem na sexta-feira, eu só vejo isso nos jornais", diz agora Paulo Bernardo.
Para refrescar a memória do ministro, convém revisitar o item número um do protocolo assinado por Bernardo na sexta: “O governo federal vai fazer revisão dos atos disciplinares militares tais como transferências, afastamentos e outros, envolvendo representantes de associações de controladores de tráfego aéreo ocorridos nos últimos seis meses, assim como assegura que não serão praticadas punições em decorrência da manifestação ocorrida no dia de hoje (30)”.
Bernardo prometera também aos amotinados: a) Implantação gradual de uma solução civil a partir de terça-feira (3); b) Abrir um canal de negociação sobre remuneração dos controladores civis e militares a partir de terça-feira (3). Na reunião que manteve hoje com os controladores, o ministro nem detalhou os planos de desmilitarização nem levou à mesa os números do prometido aumento salarial. Pior: alegando ter sido chamado por Lula, interrompeu o encontro pelo meio. Antes, esclareceu que o governo não toleraria novos tumultos nos aeroportos.
No Planalto, reunido com líderes partidários, Lula informou que a desmilitarização será conduzida não por Bernardo ou pelo ministro Waldir Pires (Defesa). Quem vai cuidar do assunto, disse ele, é o brigadeiro Junito Saito. Antes, tinha pressa. Agora, nem tanto. De resto, o presidente referiu-se aos controladores em termos desairosos. Prometeu ir à TV caso eles voltem a causar problemas.
No papel de “patrão”, Lula adota um tipo de comportamento que o sindicalista Lula cansou de condenar. Quando liderava as célebres greves do ABC paulista, na década de 80, Lula abominava o rompimento de acordos firmados nas mesas de negociação. Deve-se à pressão dos comandantes militares o fato de Lula ter esquecido o que dizia no passado. Na noite desta segunda-feira (2) já estava claro que Lula migrara do controle dos sargentos para a submissão aos militares (aqui e aqui).
Resta de todo o episódio a impressão de que, em meio ao caos, o presidente ainda não logrou executar um vôo solo, submetendo à sua própria vontade os destinos de uma crise aérea que parece longe do fim. Embora abespinhados, os controladores de vôo medem as palavras. Por ora, prometem uma Páscoa sem tumultos. Vão cumprir a palavra? Deus sabe!
Um comentário:
Então vamos lá. No meu blog tenho a minha classificação pessoal dos homens públicos.
Os que não roubam e fazem - ideal
Os que roubam mas fazem - triste
Os que não roubam e não fazem - desastre
Os que roubam e não fazem - holocausto
Os petistas inventaram uma nova classe: Os que roubam e dizem que fazem - é o fim!
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