22 de abr. de 2007

Quando um Larga vem um Outro e põe a Mão

Por Giulio Sanmartini

A prática de qualquer ato à exaustão o banaliza, seja ele de que categoria for. Por exemplo, a violência terrorista entre as facções muçulmanas em Bagdá, no Iraque, são tantas e tão freqüentes que já não chocam mais ninguém. Diariamente morrem dezenas, centenas de inocentes vítimas de carros bombas ou de kamikazes. O fato passou a ser uma macabra rotina que não mais estupidifica.
O Brasil dos últimos 5 anos banalizou a desonestidade, a lista dos que malversam o dinheiro público é interminável. Agora faz-se presente um novo personagem nesse esgoto a céu aberto que é a corrupção reinante. Falo de Ana Julia Carepa (49), a deslumbradíssima governadora petista paraense.
Entrou na política levada pela mão de seu segundo ex-marido Marcílio Monteiro. Eleita senadora em 2002, contemplou com uma bela sinecura seu ex consorte, este recebeu a chefia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), mas deixou seu rastro asqueroso e fétido do peculato, é suspeito de improbidade administrativa e também é acusado de autorizar exploração ilegal de madeiras, recebendo propinas que iam para a caixa de campanha eleitoral da ex. Os beneficiados faziam seus depósitos na conta bancaria de Joana Pessoa, secretária da senadora.
Nesse período deixou o segundo marido e caiu na gandaia desenfreada da noite de Belém, exibindo, com muita desenvoltura e pudor duvidoso, seus dotes de dançarina, onde fez uma coleção de “ficantes” (aqueles com quem se diverte por uma noite no completo e depois adeus) até que um desses ficou em definitivo e é classificado eufemisticamente de “namorado”.
Ana Julia, por esses motivos, teve dificuldades em conseguir legenda no Partido dos Trabalhadores - PT, mas contou com a interferência direta do doublé de ladrão e deputado Jader Barbalho, junto a seu “companheirão”, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e assim tudo ficou acertado.
Eleita pelo PT, a desairosa Ana Julia, começou a distribuir prebendas: para Jader Barbalho deu 11 cargos que controlam 33% do orçamento estadual; à sua secretária e comparsa Joana, 7 cargos; ao ex primeiro marido, Romualdo Paes de Souza o de secretário de Avaliação do ministério do Desenvolvimento Social. O segundo ex teve 7 cargos; o namorado foi nomeado administrador do hangar do estado; até sua cabeleireira, Manoella Figueiredo ganhou o seu, de assessora do governo. Mas teve que demitir-se quando o fato veia a público. Por que só ela? Como se não bastasse, fretou um avião com o dinheiro público uma avião, para ir a formatura de sue filho em Belo Horizonte. A semana Santa foi para o balneário de Salinas com o “namorado”, levando 22 assessores, que receberam suas diárias pagas pelos cofres públicos.
No Iraque banalizou-se a violência, no Pará a amoralidade, a sem-vergonhice e o roubo.
No Estado, o PT criou a Bagdá da falta de ética.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom!!!!!!

Anônimo disse...

E a Assembleia Paraense não faz nada? Ou a governadora tem maioria?E a imprensa da Capital Belém? Também estará comprometida?