5 de mai. de 2007

Eleições na França

Por Giulio Sanmartini

Não saberia dizer em que época surgiram, no Brasil, os marketeiros eleitorais, fato é que passaram a ser figura de grande importância para quem deseja um cargo eletivo. São verdadeiros camelôs que conseguem impingir ao eleitor algo que “ele não está comprando”, maquiam um Frankstein e o transformam mister universo. Se supervalorizam, se pensam mais importantes daqueles que elegem, ganham rios de dinheiro, muitas vezes de origem pouco ortodoxa., haja vista os pagamentos que o marketeiro de Lula, Duda Mendonça, recebeu do tesoureiro/gangster do Partido dos Trabalhadores – PT Delúbio Soares, que foi depositado ilegalmente nas Bahamas.
Eles se acham onipotentes e perfeitos, não eram nunca, se a coisa dá errado a culpa é do candidato.
Exemplo típico desse fato foi a orientação recebida e seguida pelo Geraldo Alckmin, ele havia feito uma chegada inesperada para o segundo turno, a diferença entre Lula e ele era de 6 pontos. No último debate, Alckmin, foi orientado a sair de seu estilo comedido e partir para o ataque frontal, resultado: o candidato despersonalizou-se perante o eleitor e terminou perdendo a eleição com 14 pontos de diferença..
Estou contando isso pois o fato, a meu ver está se repetindo na França. A candidata da “guache” (esquerda) bonita e comunicativa Segolène Royal (foto), teve muito apoio da mídia européia, houve uma torcida a favor bem clara por parte dos colunistas políticos. Vinha roendo os calcanhares do conservador Nicolas Sarkozy, com uma diferença de pouco menos de 5 pontos. Depois de um debate na televisão onde Royal deixou seu feminismo de lado e partiu para a agressão direta ao seu opositor, a diferença, segundo a última sondagem de opinião aponta uma que a diferença foi para 8 pontos. O jornal Le Figaro, também em pesquisa, revela que no debate 53% dos franceses achou Sarkzy convincente e somente 31 por cento puderam dizer o mesmo de Royal. Portanto, a não ser por uma catástrofe, Sarkozy, nesse domingo perderá.
Os marketeiros de Royal, alegam que os números divulgados são falsos, mas nada dizem sobre terem orientado de forma equivocada a candidata.
Os fatos, mudando o que deve ser mudado, tem tudo a ver com as últimas eleições presidenciais brasileiras.
Ao que tudo indica os marketeiros, no mundo inteiro, além de enganarem os eleitores, enganam também seus clientes.

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