29 de mai. de 2007

PM, Rondonópolis e a imprensa

Por Angela Jordão (*)

Três questões que ainda não foram respondidas sobre a tragédia provocada pela Polícia Militar em Rondonópolis, cuja simulação de resgate de seqüestro, feito pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), resultou na morte do adolescente, Luis Henrique Dias Bulhões, 13 anos, e acabou ferindo mais nove pessoas.
As questões, cujas respostas são urgentes e fundamentais são:

1- Quando o governador Blairo Maggi virá a público pedir desculpas formalmente pelo desastre cometido pela Polícia Militar? Afinal ele é o chefe maior da Polícia, e o responsável final pelas ações da PM. É o mínimo que o governador tem que fazer neste momento. Desculpas em público à família e à toda a população de Mato Grosso, por sua polícia não conseguir proteger o cidadão.

2- Por que até agora, passados mais de dois dias não foi divulgado o nome do oficial que estava à frente da operação? A PM irá ouvir o comandante da Polícia Militar na região de Rondonópolis, Wilquerson Felizardo Sandes, sobre o episódio, mas era ele quem estava a frente da operação? Até agora nada sobre isto foi esclarecido. Estão protegendo alguém?

3- Por que o Governo do Estado teve a idéia de fazer uma demonstração de tática de segurança durante um mutirão de cidadania? O evento era para levar a promoção social. Evento que atraí famílias, crianças e idosos. É esta cidadania que o Governo de Mato Grosso leva a sua população, demonstração de combate a violência. A professora do adolescente Luis Henrique deu uma entrevista, dizendo que na escola onde ele estudava os professores estavam trabalhando a questão do combate a violência, a cultura da Paz, e que todos na escola questionaram a ação que seria feita na região.

(*) Angela Jordão é jornalista do site preto no branco que será lançado nos próximos dias e, por hora, passa a escrever excepcionalmente no prosa e política.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com a ilustríssima jornalista.
E acrescento mais uma pergunta:
- Até quando esperar???