Por Giulio Sanmartini
Sapo não pula por boniteza. mas porém por precisão.
O escrito acima, Guimarães Rosa classifica como provérbio capiau e o usa de excerto em um conto de Sagarana.
Por precisão, entenda-se necessidade. Pois é, agora com os escândalos descobertos pela Polícia Federal, no que chamou “Operação Navalha”, alguns suspeitos, pelo mesmo motivo do sapo citado no provérbio, começaram a pular..
O primeiro a “sarta de banda” como citei em duas notas nessa última segunda-feira (¹), foi o senador Delcídio Amaral (PT-MS), na esfarrapadíssima história do aluguel de um avião, que no final de tudo, segundo ele, quem fez a atrapalhada, foi um grande amigo de total confiança.
Depois veio a história do passeio da ministra Dilma Rousseff e do governador Jaques Wagner (BA) numa lancha pertencente ao mega corruptor Zuleido Soares Veras. Dilma logo pulou fora dizendo que não sabia de nada, mas Jaques, numa atitude muito suspeita recusou-se a dar qualquer declaração (²).
Ao que tudo indica ele estava arrumando um “laranja” e tinha que combinar com ele. Parece que o fez, haja vista o que ontem mesmo ele declarou à imprensa:
“A ministra veio aqui no final do ano passado para me ajudar na transição de governo e eu tinha prometido a ela que iríamos passear. Como eu não tenho lancha, pedi a um amigo para conseguir uma e ele disse que teria como alugar”.
Sou amigo dele há 20 anos, mas só ontem (domingo), quando voltei da Argentina, ele veio me dizer que não foi um aluguel, que pediu a lancha emprestada para um amigo e, infelizmente, o amigo era esse cidadão. Ele devia ter me contado antes.”
O engraçado é que ele diz que mandou alugar a lancha, isto é, contratar algo em troca de pagamento, então só ontem o governador descobriu que o barco não tinha sido alugado, mas pego emprestado com Zuleido, então se deduz, que passados seis meses ele não pagou o aluguel e não pergunto nada e se não estourasse o escândalo continuaria sem pagar? “É ruim”, não é mesmo?
Assim como Delcídio e com falta de imaginação Jaques usou um amigo como laranja, ou se preferirem, bode expiatório, mas com uma diferença o do primeiro é empresário e o segundo, que atende pelo nome de Guilherme Sodré é ex marido da Fátima Mendonça, ou seja a mulher do governador Jaques Wagner. Não bastasse tudo, ainda se sente no ar o cheiro de promiscuidade.
(¹)”Se Entende porque as Cosias Acabam em Pizza” e “Como se diz Sobre quem Mente”. (P&P - 21/5)
(²) “Será que Está Faltando Alguém no Barbeiro” (P&P - 21/5)
Sapo não pula por boniteza. mas porém por precisão.
O escrito acima, Guimarães Rosa classifica como provérbio capiau e o usa de excerto em um conto de Sagarana.
Por precisão, entenda-se necessidade. Pois é, agora com os escândalos descobertos pela Polícia Federal, no que chamou “Operação Navalha”, alguns suspeitos, pelo mesmo motivo do sapo citado no provérbio, começaram a pular..
O primeiro a “sarta de banda” como citei em duas notas nessa última segunda-feira (¹), foi o senador Delcídio Amaral (PT-MS), na esfarrapadíssima história do aluguel de um avião, que no final de tudo, segundo ele, quem fez a atrapalhada, foi um grande amigo de total confiança.
Depois veio a história do passeio da ministra Dilma Rousseff e do governador Jaques Wagner (BA) numa lancha pertencente ao mega corruptor Zuleido Soares Veras. Dilma logo pulou fora dizendo que não sabia de nada, mas Jaques, numa atitude muito suspeita recusou-se a dar qualquer declaração (²).
Ao que tudo indica ele estava arrumando um “laranja” e tinha que combinar com ele. Parece que o fez, haja vista o que ontem mesmo ele declarou à imprensa:
“A ministra veio aqui no final do ano passado para me ajudar na transição de governo e eu tinha prometido a ela que iríamos passear. Como eu não tenho lancha, pedi a um amigo para conseguir uma e ele disse que teria como alugar”.
Sou amigo dele há 20 anos, mas só ontem (domingo), quando voltei da Argentina, ele veio me dizer que não foi um aluguel, que pediu a lancha emprestada para um amigo e, infelizmente, o amigo era esse cidadão. Ele devia ter me contado antes.”
O engraçado é que ele diz que mandou alugar a lancha, isto é, contratar algo em troca de pagamento, então só ontem o governador descobriu que o barco não tinha sido alugado, mas pego emprestado com Zuleido, então se deduz, que passados seis meses ele não pagou o aluguel e não pergunto nada e se não estourasse o escândalo continuaria sem pagar? “É ruim”, não é mesmo?
Assim como Delcídio e com falta de imaginação Jaques usou um amigo como laranja, ou se preferirem, bode expiatório, mas com uma diferença o do primeiro é empresário e o segundo, que atende pelo nome de Guilherme Sodré é ex marido da Fátima Mendonça, ou seja a mulher do governador Jaques Wagner. Não bastasse tudo, ainda se sente no ar o cheiro de promiscuidade.
(¹)”Se Entende porque as Cosias Acabam em Pizza” e “Como se diz Sobre quem Mente”. (P&P - 21/5)
(²) “Será que Está Faltando Alguém no Barbeiro” (P&P - 21/5)
Um comentário:
Há um erro de digitação no texto.
Não é Zelindo, é Zuleido.
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