23 de mai. de 2007

Acorda Presidente!

A falsa baiana quando entra no samba
Ninguém se incomoda, ninguém bate palma
Ninguém abre a roda, ninguém grita ôba! (Geraldo Pereira)

Lula se comporta a falsa baiana, só ele dança, só ele bata palma, só ele grita ôba!, ao declarar que o Brasil vive uma situação tão boa como “nunca antes se viu algo assim na história desse país”.
Não estão gritando ôba, os 18% da população ocupada que trabalha sem carteira assinada, nem os 19% que trabalham por conta própria, escondidos na rubrica de “autônomos” a estes números ainda devem ser somados os desempregados. Com diz Carlos Chagas em sua nota abaixo: “jamais se viu incompetência igual”. No serviço público as greves se alastram: ministério da Cultura, Banco Central, Ibama, Incra, Polícia Federal.
A isso tudo Lula continua sacudindo as ancas e, para sua gáudio, a viajar pelo mundo ditando regras espalhando sorrisos, como se o país que deveria administrar, fosse uma sucursal do paraíso. (G.S.)

ESTAMOS BEM?
Ou o Planalto elevou-se até a estratosfera, deixando de tomar conhecimento do que acontece aqui em baixo, ou jamais se viu incompetência igual. Porque estão em greve funcionários do Ministério da Cultura, do Banco Central, do Ibama, do Incra, da Polícia Federal. A responsabilidade repousa sobre o presidente Lula e auxiliares. No primeiro caso, por não dialogar com os grevistas, ou melhor, dialogar a partir de uma premissa inadmissível, a de que não há dinheiro para atender as reivindicações.
Claro que há, mesmo se em parte reduzidas as exigências salariais. Seria preciso passar o trator sobre a equipe econômica e indagar por que, então, sobram recursos para o pagamento de juros das dívidas externa e pública. De forma indireta, então, a culpa aumenta. Ou não é o governo que apregoa e desenvolve imensa publicidade tentando convencer a sociedade de que vivemos no melhor dos mundos? "Nunca estivemos tão bem", "nada impedirá o crescimento econômico".
Serão surdos os funcionários públicos? Se nossa economia cresce a olhos vistos, como esperar que os grevistas se conformem com os parcos vencimentos? Ou, pior, aceitem o descumprimento de acordos e promessas feitas pelo governo?
Seria melhor o Palácio do Planalto voltar ao rés do chão...

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