28 de mai. de 2007

Reage Brasil!


Por Giulio Sanmartini

Há mais de 60 anos (23/10/1940), nascia aquele que se tornaria o brasileiro mais famoso de todos os tempos, recebeu o nome de Edison, pois seu pai desse forma quis homenagear o inventor da lâmpada incandescente Thomas Alva Edison, haja vista que com o filho chegava a luz elétrica em sua cidade, Três Corações, no Sul de Minas Gerais, distante pouco menos de 400 km do Rio de Janeiro e atualmente com 80 mil habitantes. O Edison mineiro é nada mais nada menos que Pelé.
Nesse longo período o avanço da humanidade foi inimaginável, inventou-se a matéria plástica, a penicilina, o transistor, a vacina Sabin, os transplantes de órgãos, o homem chegou à Lua, os computadores pessoais (PC) tornaram-se indispensáveis e não se pensa viver sem a Internet.
Mas no Brasil, com as maiores usinas hidroelétrica do mundo, ainda existem muitas cidades que desconhecem a luz elétrica. Ter energia elétrica em casa não significa somente ter luz, mas ter geladeira, chuveiro elétrico e mais que tudo, televisão, pois esta é a forma de manter a população quase toda de analfabetos e semi-analfabetos do “hinterland”, informada do que acontece no Brasil e no mundo. Teoricamente o projeto “Luz para Todos” deveria fazer isso, mas caiu na mão da corrupção que devora a nação como uma nuvem de gafanhotos famintos.
A Construtora Gautama, a corruptora centrar das atuais investigações da Polícia Federal, declarou ter começado as obras para a instalação de 105 pontos de energia na cidade de Boa Esperança (PI) e já recebeu R$ 289 mil, mas nas comunidades de Pau Pombo, Pitombeiras e Barra do Brejo não tem nem os postes e luz, só candeeiros a querosene.
Isaias Cícero de Carvalho (57) morador de Pau Pombo, onde seu ancestrais viveram desde o século XIX diz: “...e nunca no mundo teve energia aqui, moço. Já morreram os mais velhos que foram enganados” – e finaliza - “Soubemos que a solicitação dessa nossa energia foi roubada, 40 e poucos chefes eram para ser presos ou não vão presos e fica naquele papo. É muita covardia uma empresa roubar de uma nação descaradamente.”
Reage Brasil!

Leia a matéria de Eduardo Nonumura em O Estado de São Paulo

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