Por Giulio Sanmartini
Desde o advento da República, quando a cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil, passou a ser o “Município Neutro” , a administração cabia a um prefeito que era nomeado pelo presidente da república.
Seguiu assim até 1960, quando a capital do país foi transferida para Brasília e o cidade transformou-se no Estado da Guanabara. Houve por alguns meses um dirigente tampão, o diplomata José Sette Câmara, até que foram realizadas as primeiras eleições, sendo escolhido como governador o jornalista Carlos Lacerda. A cidade era algo caótica, dos transportes coletivos ao sistema viário, do fornecimento de água ao ensino público, das favelas à segurança pública. Este governo marcou o auge da cidade que estava completando seu quarto século, depois dele começou a decadência, numa queda livre sem fim (*).
Lacerda foi sucedido pelo anacrônico Negrão de Lima, que antes havia sido um prefeito desastrado, escolhido por Juscelino Kubitschek,. A queda foi seguindo com Chagas Freitas (nomeado pelo governo militar), um político sinistro que tinha seus fundamentos em dois jornais populares e sensacionalistas (O Dia e A Notícia). Seguiu-se a fusão da cidade estado com o Estado do Rio de Janeiro e a administração coube ao caótico almirante Faria Lima. Como se não bastasse depois dele voltou Chagas Freitas. Daí para frente, com o retorno das eleições diretas, o estado foi assaltado pela praga de Leonel Brizola, que inaugurou o nefasto brizolismo. Veio Moreira Franco, que não era brizolista, mas tinha todos os vícios do socialismo “moreno”. Voltou Brizola e foi sucedido por Marcelo Alencar. Quando se pensou que nada pior podia acontecer, além do populismo barato chegou a desonestidade desenfreada com Anthony Garotinho, sucedido por sua mulher Rosinha Matheus.
Quando foi eleito Sérgio Cabral Filho, mesmo sendo um político ambíguo, mas desligado do brizolismo, pensou-se que algo iria mudar, como de fato aconteceu, só que foi para pior. Em termos de Segurança Pública, vive-se um ambiente de guerra civil, muitas escolas ainda não iniciaram suas aulas e o ano letivo já está na metade. O Governador se diverte: finge jogar bola com o presidente Lula, vai à Colômbia ver como funciona a segurança em Bogotá, viaja, se diverte se auto promove.
Ele é um governador gerado pelo cruzamento híbrido de play-boy com globetrotter, que pensa poder governar por controle remoto.
(*) Fui muitas vezes alvo de patrulhamento por falar bem de Lacerda, quero dizer que me refiro tão somente ao administrador. A quem quiser saber mais sobre ele, recomendo o livro “Carlos Lacerda – A vida de um lutador” de autoria do pesquisador John W. F. Dulles da Universidade do Texas – Nova Fronteira 1992.
Desde o advento da República, quando a cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil, passou a ser o “Município Neutro” , a administração cabia a um prefeito que era nomeado pelo presidente da república.
Seguiu assim até 1960, quando a capital do país foi transferida para Brasília e o cidade transformou-se no Estado da Guanabara. Houve por alguns meses um dirigente tampão, o diplomata José Sette Câmara, até que foram realizadas as primeiras eleições, sendo escolhido como governador o jornalista Carlos Lacerda. A cidade era algo caótica, dos transportes coletivos ao sistema viário, do fornecimento de água ao ensino público, das favelas à segurança pública. Este governo marcou o auge da cidade que estava completando seu quarto século, depois dele começou a decadência, numa queda livre sem fim (*).
Lacerda foi sucedido pelo anacrônico Negrão de Lima, que antes havia sido um prefeito desastrado, escolhido por Juscelino Kubitschek,. A queda foi seguindo com Chagas Freitas (nomeado pelo governo militar), um político sinistro que tinha seus fundamentos em dois jornais populares e sensacionalistas (O Dia e A Notícia). Seguiu-se a fusão da cidade estado com o Estado do Rio de Janeiro e a administração coube ao caótico almirante Faria Lima. Como se não bastasse depois dele voltou Chagas Freitas. Daí para frente, com o retorno das eleições diretas, o estado foi assaltado pela praga de Leonel Brizola, que inaugurou o nefasto brizolismo. Veio Moreira Franco, que não era brizolista, mas tinha todos os vícios do socialismo “moreno”. Voltou Brizola e foi sucedido por Marcelo Alencar. Quando se pensou que nada pior podia acontecer, além do populismo barato chegou a desonestidade desenfreada com Anthony Garotinho, sucedido por sua mulher Rosinha Matheus.
Quando foi eleito Sérgio Cabral Filho, mesmo sendo um político ambíguo, mas desligado do brizolismo, pensou-se que algo iria mudar, como de fato aconteceu, só que foi para pior. Em termos de Segurança Pública, vive-se um ambiente de guerra civil, muitas escolas ainda não iniciaram suas aulas e o ano letivo já está na metade. O Governador se diverte: finge jogar bola com o presidente Lula, vai à Colômbia ver como funciona a segurança em Bogotá, viaja, se diverte se auto promove.
Ele é um governador gerado pelo cruzamento híbrido de play-boy com globetrotter, que pensa poder governar por controle remoto.
(*) Fui muitas vezes alvo de patrulhamento por falar bem de Lacerda, quero dizer que me refiro tão somente ao administrador. A quem quiser saber mais sobre ele, recomendo o livro “Carlos Lacerda – A vida de um lutador” de autoria do pesquisador John W. F. Dulles da Universidade do Texas – Nova Fronteira 1992.
Nenhum comentário:
Postar um comentário