21 de jun. de 2007

Esperando

Luiz Antonio Pagot (foto) espera há 231 dias pela sua nomeação para a diretoria geral do Dnit. A ânsia em assumir é em função da importância do órgão e claro, do orçamento, mais que o dobro do estado de Mato Grosso que é governado pelo seu patrão Blairo Maggi. Foi de Maggi a indicação, com aval de Lula. Mas a nomeação entalou na sabatina. Para ocupar o cargo o indicado precisa passar pela Comissão de infra-estrutura do Senado. Acontece que desde que o nome de Pagot foi aventado, houve uma enxurrada de denúncias, inclusive de ter sido funcionário fantasma do Senado.
Pagot joga a culpa pelas denúncias em cima de uma suposta articulação do PSDB, a um suposto complô de empreiteiras mineiras, em nenhum momento Pagot atribui o desgaste a ele mesmo e ao seu jeito de poucos amigos.
A verdade é que a situação está cada vez mais complicada e delicada. O senador Mão Santa foi duro em seu pronunciamento no Senado. Ele e o senador Mário Couto pediram ao presidente que retire o nome de Pagot. Consta que o próprio Lula já teria se arrependido de avalizar o indicado por Maggi.
Hoje o governador de MT foi para Brasília tentar reverter a situação. A bancada do estado no Senado está a serviço disso, os três senadores estão apenas em função de Pagot. O líder da bancada na Câmara, o feroz Carlos Abicalil, já não sabe mais o que fazer. Segundo um parlamentar do estado, o gabinete do senador Jonas Pinheiro se transformou em balcão de negociações em prol de Pagot e ainda comentou: “caso ele assuma, vai estar tão comprometido que pouco ou nada conseguirá fazer”.
O receio de Blairo, nem tanto pela nomeação em si, é pelo desgaste, caso volte para MT com Luiz Pagot rejeitado. Maggi não conseguiu emplacar nenhuma indicação. Muitos nem chegaram a ser cogitados, mas foi dele a indicação do nome Balbinotti para o ministério da Agricultura. Barrado por denúncias de falsidade ideológica.
Solidários a Pagot, vamos esperar também...

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