16 de jun. de 2007

Fora, Renan!

Por Giulio Sanmartini

No dia 25 de maio último a população brasileira começou a tomar conhecimento que o senador Renan Calheiros (PMDB-Al), presidente da Casa metera-se numa grossa lambança.
Tivera uma filha fora do casamento com a jornalista Mônica Velloso, não é uma coisa muito bonita, mas vá lá, parece que esse é um hábito difundido pelo mundo. Mas a coisa pegou quando surgiu o fato que o pagamento da pensão devida à filha e a mãe desta era feita por um conhecido lobista de uma empreiteira: Cláudio Gontijo da Mendes Junior.
O senador subiu nas tamancas e explicou que de fato Cláudio Gontijo era um mero “entregador” do pagamento, mas que o dinheiro era dele. Fazia a coisa dessa forma para manter a discrição, pois o lobista era seu amigo e amigo de Mônica. Esta logo o desmentiu alegando que só o conhecera través de Renan com o único objetivo de fazer os pagamentos.
Gontijo então, falando com o Corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP)declarou que de fato ele pagava a Mônica com um cheque do dinheiro que lhe era dado por Renan. Mônica também o desmentiu alegando que este sempre lha dera dinheiro vivo em um envelope algumas vezes até com a logomarca da Mendes Junior.
Como a importância paga era muito alta e incompatível com o salário senatorial, os holofotes deixaram de iluminar o “quem pagava” e voltaram-se para o “como pagava”.
Calheiros disse que ganhava muito das fazendas de gado que tinha em Alagoas e pediu alguns dias para apresentar a documentação que provaria ter ele vendido 1700 cabeças de boi. O negócio de esperar, pegou mal, pois trouxe a suspeita que precisa de um tempinho para “fabricar” documentos. Estes prontos foram entregues para p relator do processo, o imbecilizado senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que numa rápida passada de olhos na papelada, disse estar tudo em ordem e sugeriu um arquivamento sumário do processo. A pizza estava prontinha para ser tirada do forno quando apareceu uma novidade: um jornal televisivo mostrou, entrevistando pessoas que teriam passado os recibos, que estes eram totalmente fajutos. Compradores que não compraramm nada, firmas inativas e inexistentes.
Renan voltou a dizer, que em poucos dias apresentaria os documentos provando que não havia picaretagem alguma. Reacendeu-se o forno da pizza, mas a mentira ficou difícil de provar, pois tudo indica Renan fabricou os recibos que ofereceu ao Conselho de Ética, como prova de que tinha renda suficiente para fazer face às despesas com a jornalista Mônica Veloso. Então tentou sair de banda admitindo que de fato pode ter dado recibos para empresas fantasmas. Jogando a culpa na dona de um grande frigorífico de Alagoas, Zoraíde Beltrão, por ter montado o esquema de empresas fantasma. Esta diz que não tem a mínima ligação com as empresas inexistentes que aparecem nos recibos de Renan e conclui que fazia negócios com ele mas sem jamais passar recibo.
Depois disso que aconteceu em menos de um mês, me pergunto como ainda pose ser mantido no cargo um indivíduo do tipo Renan Calheiros?
Fora com ele já! mas a pontapés no traseiro. Além da desonestidade, ele está tratando os brasileiros como se fossem um bando de débeis mentais.
Estes somente querem a prova que o dinheiro pago à Mônica era dele.

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