23 de jun. de 2007

É isso aí e não é coca cola.

Por Francisco Marcos, cientista político.

Há algo no ar além dos aviões de carreira, quando conseguem decolar. Esta barafunda aeronáutica já está completando aniversário. Apesar do presidente de todos os presidentes ter dado quarenta e oito horas para solucionar o problema, ninguém deu bola para mais esta intervenção boquirrota do falastrão. Seus acólitos como bons bajuladores tentam imitá-lo falando mais bobagem, Mantega e a Martinha competem bravamente. A classe média que tanto propugnou para que estes mandriões chegassem ao poder e se locupletassem, é vítima da própria insensatez. O clichê é antigo, mas atualíssimo: cada povo tem o governo que merece. Todos estão se metendo em um assunto que deve ser resolvido pelos interessados e conhecedores do assunto, mas cada vez mais arrivistas se aproveitam da situação. O comandante da aeronáutica muito letargicamente tomou uma atitude, e os fomentadores do caos tentam deslustrar e desqualificar. Paulinho, o da força sindical promete todo o apoio aos controladores de vôo, busca mais uma vez notoriedade.
Afirma: ”Se o governo quer confronto, vamos para o confronto”. Como é que fica o PDT que faz parte da colisão de partidos que apóiam (?) o governo? O jornaleiro de Campinas é o ministro do trabalho, ficou mudo ou está em alguma vilegiatura pelo exterior, talvez estudando os aeroportos, checando seus controles, ao final e ao cabo trazendo alguma contribuição séria para encaminhar a resolução da crise. O descalabro oferecido pela incompetência da ANAC, INFRAERO e AERONÁUTICA somada à ausência efetiva de Waldir Pires, triste fim para um suposto batalhador pela democracia, resulta nesta crise anunciada. O desfecho poderá ser a abertura para as operadoras estrangeiras e privatização dos aeroportos. O magnânimo virá a declarar que em cinco anos não dá para consertar o que foi iniciado erradamente por Cabral, e Santos Dumont com seus delírios parisienses. Os lideres sindicais devem é cobrar do governo a utilização do dinheiro do FAT e FGTS segundo o que determina a constituição dos mesmos. Desde 2003 temos uma redução drástica no investimento para a qualificação e requalificação da mão de obra.
Agora, parte dos recursos do FGTS irão para um fundo destinado a infra-estrutura, as empreiteiras agradecem. Os aposentados são lesados, estes boquirrotos patrocinam o nosso décimo terceiro em duas datas. Cadê a coragem para cobrar do governo um encontro de contas da previdência social. Escorchada desde sua criação, continua como prostituta que de tempos em tempos troca de cafetão. Esta crise é benéfica também para o Rei do Gado, sai de foco, e agora pode com mais tranqüilidade e chantagem se livrar de uma cassação. Para fechar: “semana sim, semana não um escândalo na televisão.

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