Reiterando o artigo que publiquei ontem - Juntou a Fome com a Vontade de Comer – sobre os desastres provocados pelas falas do presidente Lula e pela ministra do Turismo Marta Suplicy, usando por coincidência a mesma frase fecho “Até quando?” o Jornal do Brasil publica hoje seu editorial – Desrespeito ao povo brasileiro. (G.S.)
Vejamos:
“Teoricamente, o lançamento do Plano Nacional de Turismo, ocorrido quarta-feira no Palácio do Planalto, deveria prestar-se à divulgação de medidas de estímulo a viagens financiadas pelo crédito consignado. Atormentados pelo colapso da aviação civil, pela erosão da malha rodoviária, pelo sumiço das ferrovias, pela inexistência de rumos para o desenvolvimento do turismo, os brasileiros mereciam ser consolados por duas ou três boas notícias.
Em vez disso, foram surpreendidos por mais bofetadas retóricas, que reafirmaram o crescente desrespeito do governo pela gente da terra. A seqüência de agressões à inteligência e ao bom-senso foi desencadeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outro improviso desconexo, decidiu que brasileiro só não viaja com mais freqüência por pura preguiça. "Sair de casa é um estado de espírito", ensinou o presidente.
Nenhuma palavra sobre o apagão que já dura oito meses. Nenhuma vírgula sobre o cenário apavorante forjado pelas multidões nas salas de embarque. Qualquer homem se animaria a enfrentar os piores flagelos se casado com alguém que conheça, como Lula, o ponto G dos viajantes traumatizados pela rotina de horrores. "A mulher tem de acordar e dizer: 'Amorzinho, vamos'. Se começar o dia xingando, o marido bota o cuecão, fica deitado e não sai", explicou o chefe de governo.
A ligeireza da aula camufla revelações interessantes. O Brasil agora sabe qual é a primeira frase que Lula ouve de Marisa Letícia em dias de decolagem. Sabe, sobretudo, que o Primeiro-Piloto não consegue enxergar o Brasil real.
Vejamos:
“Teoricamente, o lançamento do Plano Nacional de Turismo, ocorrido quarta-feira no Palácio do Planalto, deveria prestar-se à divulgação de medidas de estímulo a viagens financiadas pelo crédito consignado. Atormentados pelo colapso da aviação civil, pela erosão da malha rodoviária, pelo sumiço das ferrovias, pela inexistência de rumos para o desenvolvimento do turismo, os brasileiros mereciam ser consolados por duas ou três boas notícias.
Em vez disso, foram surpreendidos por mais bofetadas retóricas, que reafirmaram o crescente desrespeito do governo pela gente da terra. A seqüência de agressões à inteligência e ao bom-senso foi desencadeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outro improviso desconexo, decidiu que brasileiro só não viaja com mais freqüência por pura preguiça. "Sair de casa é um estado de espírito", ensinou o presidente.
Nenhuma palavra sobre o apagão que já dura oito meses. Nenhuma vírgula sobre o cenário apavorante forjado pelas multidões nas salas de embarque. Qualquer homem se animaria a enfrentar os piores flagelos se casado com alguém que conheça, como Lula, o ponto G dos viajantes traumatizados pela rotina de horrores. "A mulher tem de acordar e dizer: 'Amorzinho, vamos'. Se começar o dia xingando, o marido bota o cuecão, fica deitado e não sai", explicou o chefe de governo.
A ligeireza da aula camufla revelações interessantes. O Brasil agora sabe qual é a primeira frase que Lula ouve de Marisa Letícia em dias de decolagem. Sabe, sobretudo, que o Primeiro-Piloto não consegue enxergar o Brasil real.
À discurseira debochada do presidente seguiu-se um show de cinismo protagonizado pela ministra do Turismo, Marta Suplicy. Instada por jornalistas a formular alguma recomendação às vítimas do apagão, Marta mandou um recado aos passageiros retidos horas a fio nos saguões congestionados.
"Relaxar e gozar", sugeriu a sexóloga semi-aposentada. "Eu também tenho sido vítima desses problemas, e sei que depois a gente esquece". Mentiu. Como todos os ministros, Marta desfruta do privilégio de requisitar algum jatinho da Força Aérea Brasileira quando se movimenta pelo país. É cliente da "Fabtur", única empresa áerea do país cujas aeronaves continuam a decolar e pousar na hora combinada.
Ainda na quarta-feira, Marta divulgou uma nota oficial em que qualificou de "infeliz" o conselho grosseiro, pediu desculpas e mentiu de novo: garantiu que o governo tem tratado o colapso dos aeroportos com a merecida atenção. As soluções não tardarão, fantasiou. Foi prontamente endossada pelo ministro da Defesa, Waldir Pires. Não há apagão capaz de convencer Lula a afastar ineptos de estimação.
Nem a encarar o país sem a camuflagem dos arcos dos Palácios do Planalto e do Alvorada. O apagão aéreo não perturba o presidente e seus ministros simplesmente porque os brasileiros ultrajados em salas de embarque são invenção da mídia, justifica-se o Primeiro Comandante. "O que a gente vê de bonito na imprensa brasileira?", perguntou. "Só morte, bala perdida", respondeu, para culpar os meios de comunicação pelo fato de os moradores do país preferirem ficar dentro de casa a viajar.
O comandante de honra da Aeronáutica não acredita em sons e imagens. Não houve choros e gritos que dominam saguões congestionados de desesperados nos aeroportos. Vôos cancelados, atrasos, controladores de vôo em greve, agentes federais em operação padrão, nevoeiros? Invencionices. O Grande Homem vive de alucinações. E exime-se de responsabilidade. Até quando? "
"Relaxar e gozar", sugeriu a sexóloga semi-aposentada. "Eu também tenho sido vítima desses problemas, e sei que depois a gente esquece". Mentiu. Como todos os ministros, Marta desfruta do privilégio de requisitar algum jatinho da Força Aérea Brasileira quando se movimenta pelo país. É cliente da "Fabtur", única empresa áerea do país cujas aeronaves continuam a decolar e pousar na hora combinada.
Ainda na quarta-feira, Marta divulgou uma nota oficial em que qualificou de "infeliz" o conselho grosseiro, pediu desculpas e mentiu de novo: garantiu que o governo tem tratado o colapso dos aeroportos com a merecida atenção. As soluções não tardarão, fantasiou. Foi prontamente endossada pelo ministro da Defesa, Waldir Pires. Não há apagão capaz de convencer Lula a afastar ineptos de estimação.
Nem a encarar o país sem a camuflagem dos arcos dos Palácios do Planalto e do Alvorada. O apagão aéreo não perturba o presidente e seus ministros simplesmente porque os brasileiros ultrajados em salas de embarque são invenção da mídia, justifica-se o Primeiro Comandante. "O que a gente vê de bonito na imprensa brasileira?", perguntou. "Só morte, bala perdida", respondeu, para culpar os meios de comunicação pelo fato de os moradores do país preferirem ficar dentro de casa a viajar.
O comandante de honra da Aeronáutica não acredita em sons e imagens. Não houve choros e gritos que dominam saguões congestionados de desesperados nos aeroportos. Vôos cancelados, atrasos, controladores de vôo em greve, agentes federais em operação padrão, nevoeiros? Invencionices. O Grande Homem vive de alucinações. E exime-se de responsabilidade. Até quando? "
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