Ainda sobre a corrupção, o presidente Lula, no seu propósito de ser sempre engraçado, disse que um dos seus irmãos, o Vavá, apanhado em escuta telefônica pedindo dinheiro à máfia dos caça-níqueis, não passa de um “lambari pequeno”, ou seja, nessa linguagem vulgar, ele quis dizer que o Vavá é culpado sim por alguma coisa, nada grandioso que o desabone ou mexa no prestígio político do irmão-presidente. Apenas a velha mania do brasileiro de levar vantagem em tudo, ele deve ter querido dizer, ainda que este brasileiro — principalmente em se tratando de um nordestino —, seja tão ingênuo. Na verdade, não passa de um lambari especial, concluiu Sua Excelência, porque é irmão do presidente.
Oxente, então o presidente está revelando que é também um lambari? Assim sendo, na família dos lambaris, são todos ingênuos, e segundo um advogado da família, por isso mesmo não têm condição nem de serem recebidos por um ministro de estado, então como podem ser lobistas? Na conta desse advogado, decerto não contabilizou o lambari-presidente, apenasmente o lambari mais velho que escorregou na lama ao pedir, modestamente, um dinheirinho a um dos membros da corriola, por favores prestados ou intermediações feitas nesse negócio ilícito das máquinas caça-níqueis. Como é tão ingênuo e ainda não aprendeu a exigir os seus direitos, o comparsa o chamou de “cara de pau”, quando este lhe pediu mais dois “paus”, o que significa na linguagem secreta do esgoto, dois mil reais. Deve significar também, entre outras coisas, que o presidente da república sabe muito bem quem são os “lambaris graúdos”, por isso não admite que somente o seu irmão “ingênuo” seja apanhado na rede...
Não, não vou mais perguntar que país é esse, porque todos nós já o sabemos, apenas fingimos — como o nosso presidente —, que nada vemos, e é melhor do jeito que está do que ter de lutar por um país mais justo e igualitário, sem grandes luxos, sem obras faraônicas, mas também sem esmoleiros, sem crianças famintas e longe das escolas. Principalmente, sem tantos corruptos a nos envergonhar; um país onde o cidadão seja respeitado e saiba exigir seus direitos. Que país é esse? Bem que poderia ser o Brasil, ou sei lá, um país que não existe na verdade, apenas utopia. Este aqui, vejam vocês, com essa classe política inigualável, agora se prepara para eleger mais onze mil vereadores, isso mesmo, não se espantem, onze mil. O projeto corre de boca em boca e quando menos esperarmos, vocês vão ver, estará aprovado, e mais onze mil politicóides farão parte de nossas vidas, serão nossos representantes mesmo que não o queiramos.
Ou seja: mais onze mil pequeninos lambarizinhos para comer do nosso pirão.
Oxente, então o presidente está revelando que é também um lambari? Assim sendo, na família dos lambaris, são todos ingênuos, e segundo um advogado da família, por isso mesmo não têm condição nem de serem recebidos por um ministro de estado, então como podem ser lobistas? Na conta desse advogado, decerto não contabilizou o lambari-presidente, apenasmente o lambari mais velho que escorregou na lama ao pedir, modestamente, um dinheirinho a um dos membros da corriola, por favores prestados ou intermediações feitas nesse negócio ilícito das máquinas caça-níqueis. Como é tão ingênuo e ainda não aprendeu a exigir os seus direitos, o comparsa o chamou de “cara de pau”, quando este lhe pediu mais dois “paus”, o que significa na linguagem secreta do esgoto, dois mil reais. Deve significar também, entre outras coisas, que o presidente da república sabe muito bem quem são os “lambaris graúdos”, por isso não admite que somente o seu irmão “ingênuo” seja apanhado na rede...
Não, não vou mais perguntar que país é esse, porque todos nós já o sabemos, apenas fingimos — como o nosso presidente —, que nada vemos, e é melhor do jeito que está do que ter de lutar por um país mais justo e igualitário, sem grandes luxos, sem obras faraônicas, mas também sem esmoleiros, sem crianças famintas e longe das escolas. Principalmente, sem tantos corruptos a nos envergonhar; um país onde o cidadão seja respeitado e saiba exigir seus direitos. Que país é esse? Bem que poderia ser o Brasil, ou sei lá, um país que não existe na verdade, apenas utopia. Este aqui, vejam vocês, com essa classe política inigualável, agora se prepara para eleger mais onze mil vereadores, isso mesmo, não se espantem, onze mil. O projeto corre de boca em boca e quando menos esperarmos, vocês vão ver, estará aprovado, e mais onze mil politicóides farão parte de nossas vidas, serão nossos representantes mesmo que não o queiramos.
Ou seja: mais onze mil pequeninos lambarizinhos para comer do nosso pirão.
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