Os negócios do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em suas fazendas de Alagoas são de dar inveja aos melhores pecuaristas gaúchos, a se julgar pelas informações fornecidas por ele ao Conselho de Ética da Casa. Enquanto o preço do gado no Rio Grande do Sul atingia a média de R$ 48,9 a arroba (medida de peso equivalente a cerca de 15 quilos) em 2005, Calheiros conseguiu vender seus bois em um Estado sem excelência pecuária a aproximadamente R$ 69,3 a arroba.
- Não se consegue valor tão bom por aqui. Não são valores impossíveis, mas é coisa de produtor de ponta - comenta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Simm.
Principal peça de defesa do presidente do Senado - que tenta provar a origem dos recursos pagos por um lobista, em seu nome, à jornalista Mônica Veloso -, as transações pecuárias já provocam piadas entre pecuaristas gaúchos. Ao fazer as contas, muitos brincam que já pensam em se mudar para Alagoas.
Com os números na ponta do lápis, o pecuarista Frederico Wolf, da Wolf Genética, vendeu cada cabeça de gado por uma média de R$ 740 no último ano. No mesmo período, Calheiros faturou R$ 918 por animal. Um resultado alto para o Nordeste, ainda mais no momento em que o Rio Grande do Sul paga o melhor preço pelo gado no país.
- Hoje, num bom momento para a pecuária, talvez eu consiga vender por R$ 1 mil a cabeça ao frigorífico. Na média dos últimos quatro anos, isso seria impossível - reconhece Wolf, em uma comparação com a prestação de contas do senador.
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores e dono da cabanha Santa Thereza, José Roberto Pires Weber é outro que se surpreende com os valores em Alagoas.
- Se na nossa pecuária, que é de ponta, não conseguimos preços assim, acho difícil que lá se consiga. São valores excepcionais - afirma.
A incredulidade dos gaúchos se explica. Além de não ser uma referência na produção nacional de carne bovina, Alagoas enfrenta sérios problemas sanitários. Diferentemente do Rio Grande do Sul - livre de febre aftosa com vacinação -, o Estado nordestino está no limbo da vigilância. O Ministério da Agricultura considera-o área desconhecida para aftosa - sem controle da doença -, o que desqualifica a produção local.
- Não se consegue valor tão bom por aqui. Não são valores impossíveis, mas é coisa de produtor de ponta - comenta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Simm.
Principal peça de defesa do presidente do Senado - que tenta provar a origem dos recursos pagos por um lobista, em seu nome, à jornalista Mônica Veloso -, as transações pecuárias já provocam piadas entre pecuaristas gaúchos. Ao fazer as contas, muitos brincam que já pensam em se mudar para Alagoas.
Com os números na ponta do lápis, o pecuarista Frederico Wolf, da Wolf Genética, vendeu cada cabeça de gado por uma média de R$ 740 no último ano. No mesmo período, Calheiros faturou R$ 918 por animal. Um resultado alto para o Nordeste, ainda mais no momento em que o Rio Grande do Sul paga o melhor preço pelo gado no país.
- Hoje, num bom momento para a pecuária, talvez eu consiga vender por R$ 1 mil a cabeça ao frigorífico. Na média dos últimos quatro anos, isso seria impossível - reconhece Wolf, em uma comparação com a prestação de contas do senador.
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores e dono da cabanha Santa Thereza, José Roberto Pires Weber é outro que se surpreende com os valores em Alagoas.
- Se na nossa pecuária, que é de ponta, não conseguimos preços assim, acho difícil que lá se consiga. São valores excepcionais - afirma.
A incredulidade dos gaúchos se explica. Além de não ser uma referência na produção nacional de carne bovina, Alagoas enfrenta sérios problemas sanitários. Diferentemente do Rio Grande do Sul - livre de febre aftosa com vacinação -, o Estado nordestino está no limbo da vigilância. O Ministério da Agricultura considera-o área desconhecida para aftosa - sem controle da doença -, o que desqualifica a produção local.
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