Estive em Mato Grosso do Sul na semana passada. Gente!, aprendi receitas ótimas! A primeira foi de uma salada deliciosa e simples. Repolho cru fatiado bem fininho com gengibre ralado, temperado com óleo de gergelim torrado e vinagre balsâmico ..... muito boa essa receita!
Mas o objetivo da viagem foi conhecer outras receitas do estado, as decorrentes do sucesso na atração de investimentos, mais especificamente, na produção de álcool e açúcar. O estado está se preparando para a implantação de 31 novas usinas e conta com 11 já em operação, algumas em fase de expansão. Durante uma audiência com o governador André Puccinelli ele disse como foi a sua sacada. No dia 6 de janeiro deste ano, ele e sua equipe descobriram a possibilidade da Petrobras implantar um alcoolduto ligando Campo Grande ao Porto, mas tinham até o dia 9 para apresentar o projeto à Ministra Dilma. Portanto, em três dias eles apresentaram o projeto. Para tanto, o governo formou com o empresariado uma parceria de modo a garantir as exigências da Petrobrás: 2,5 bilhões de metros cúbicos de álcool. Como? Os empresários assinam um termo de compromisso de produção. Esse duto possibilitará a redução em 70% no custo do frete. Bom para os empresários, bom para o governo e ótimo para a população. Três dias em janeiro, nessa época o nosso governador descansava.
Fora isso o governo atrai empresas com incentivos fiscais, que lá são inversamente proporcionais, quanto mais se produz, menos se paga. E as receitas de Mato Grosso do Sul não param por aí. Dois fatos me chamaram a atenção. Primeiro a sintonia da equipe de governo, equipe mesmo. Estão absolutamente integrados e trabalhando para o mesmo propósito. Não existe um trator lá, não existe um estado policial que vigia, grava, e filma funcionários. As licenças ambientais saem em um tempo muito menor que em MT, que nunca saem, não por zelo, mas por desorientação.
O segundo fato que me despertou atenção foi durante uma reunião com o Sindicato da Indústria da Fabricação do Açúcar e Álcool de Mato Grosso do Sul. A confiança dos empresários no governo é visível. Eles confiam, acreditam e se lançam a novos empreendimentos. George Soros, o mega-investidor resolveu entrar na nova onda de energias renováveis. Estava lá em MS na semana passada e anunciou investimentos de centenas de milhões de dólares na produção de álcool. O setor vai gerar para o estado mais de 100 mil novos postos de trabalho.
Seria a redenção para regiões de Mato Grosso, como do Araguaia, conhecida como Vale dos Esquecidos. Essa nossa região, de economia exaurida, possui cerca de dois milhões e meio de hectares de áreas degradadas, e sem uma folhinha sequer de soja. Essa proposta baseia-se no plantio de cana-de-açúcar principalmente em área degradada, sem que haja a necessidade de abrir novas terras.
O cavalo passou arreado e Mato Grosso perdeu? Bem, nesse mesmo período em que o estado vizinho atraiu mais de 30 usinas, nosso estado atraiu zero. Mas nem tudo está perdido, pelo menos é essa a esperança. Basta alguém que oriente este governo desorientado.
Nem acho que nesse assunto o nosso governador tenha sido incompetente e deixado passar a oportunidade, é apenas uma questão de foco. Blairo Maggi é bom no que entende. Entende de soja e mercado da soja, entende de transporte da soja, de safrinha, de incentivos fiscais para a soja, seu foco é voltado para os negócios da soja. Ele é privado e não público e esse é o problema, jamais conseguirá entender que infra-estrutura não significa apenas estradas e estruturas físicas de saúde e educação; é preciso investimento no lado humano da educação, da saúde, da segurança ...., porque sem esses requisitos básicos, fora a má fama internacional que ele transferiu para o nosso estado, não existe a mínima chance de conseguirmos montar no cavalo. Blairo precisa entender que o estado de Mato Grosso é mais que um simples hospedeiro de seus negócios.
Sugiro ao governador que ele dê uma passadinha lá por Mato Grosso do Sul, um estradeiro inter-estadual. Vá lá, converse com o governador, conheça a forma de trabalho. Se não aprender com ele nenhuma das receitas de sucesso, bem, se não aprender nenhuma, pelo menos tente a receita da saladinha de repolho.
Mas o objetivo da viagem foi conhecer outras receitas do estado, as decorrentes do sucesso na atração de investimentos, mais especificamente, na produção de álcool e açúcar. O estado está se preparando para a implantação de 31 novas usinas e conta com 11 já em operação, algumas em fase de expansão. Durante uma audiência com o governador André Puccinelli ele disse como foi a sua sacada. No dia 6 de janeiro deste ano, ele e sua equipe descobriram a possibilidade da Petrobras implantar um alcoolduto ligando Campo Grande ao Porto, mas tinham até o dia 9 para apresentar o projeto à Ministra Dilma. Portanto, em três dias eles apresentaram o projeto. Para tanto, o governo formou com o empresariado uma parceria de modo a garantir as exigências da Petrobrás: 2,5 bilhões de metros cúbicos de álcool. Como? Os empresários assinam um termo de compromisso de produção. Esse duto possibilitará a redução em 70% no custo do frete. Bom para os empresários, bom para o governo e ótimo para a população. Três dias em janeiro, nessa época o nosso governador descansava.
Fora isso o governo atrai empresas com incentivos fiscais, que lá são inversamente proporcionais, quanto mais se produz, menos se paga. E as receitas de Mato Grosso do Sul não param por aí. Dois fatos me chamaram a atenção. Primeiro a sintonia da equipe de governo, equipe mesmo. Estão absolutamente integrados e trabalhando para o mesmo propósito. Não existe um trator lá, não existe um estado policial que vigia, grava, e filma funcionários. As licenças ambientais saem em um tempo muito menor que em MT, que nunca saem, não por zelo, mas por desorientação.
O segundo fato que me despertou atenção foi durante uma reunião com o Sindicato da Indústria da Fabricação do Açúcar e Álcool de Mato Grosso do Sul. A confiança dos empresários no governo é visível. Eles confiam, acreditam e se lançam a novos empreendimentos. George Soros, o mega-investidor resolveu entrar na nova onda de energias renováveis. Estava lá em MS na semana passada e anunciou investimentos de centenas de milhões de dólares na produção de álcool. O setor vai gerar para o estado mais de 100 mil novos postos de trabalho.
Seria a redenção para regiões de Mato Grosso, como do Araguaia, conhecida como Vale dos Esquecidos. Essa nossa região, de economia exaurida, possui cerca de dois milhões e meio de hectares de áreas degradadas, e sem uma folhinha sequer de soja. Essa proposta baseia-se no plantio de cana-de-açúcar principalmente em área degradada, sem que haja a necessidade de abrir novas terras.
O cavalo passou arreado e Mato Grosso perdeu? Bem, nesse mesmo período em que o estado vizinho atraiu mais de 30 usinas, nosso estado atraiu zero. Mas nem tudo está perdido, pelo menos é essa a esperança. Basta alguém que oriente este governo desorientado.
Nem acho que nesse assunto o nosso governador tenha sido incompetente e deixado passar a oportunidade, é apenas uma questão de foco. Blairo Maggi é bom no que entende. Entende de soja e mercado da soja, entende de transporte da soja, de safrinha, de incentivos fiscais para a soja, seu foco é voltado para os negócios da soja. Ele é privado e não público e esse é o problema, jamais conseguirá entender que infra-estrutura não significa apenas estradas e estruturas físicas de saúde e educação; é preciso investimento no lado humano da educação, da saúde, da segurança ...., porque sem esses requisitos básicos, fora a má fama internacional que ele transferiu para o nosso estado, não existe a mínima chance de conseguirmos montar no cavalo. Blairo precisa entender que o estado de Mato Grosso é mais que um simples hospedeiro de seus negócios.
Sugiro ao governador que ele dê uma passadinha lá por Mato Grosso do Sul, um estradeiro inter-estadual. Vá lá, converse com o governador, conheça a forma de trabalho. Se não aprender com ele nenhuma das receitas de sucesso, bem, se não aprender nenhuma, pelo menos tente a receita da saladinha de repolho.
Um comentário:
Adriana,
A receita do repolho também fica boa com o molho shoyu.
Quanto à sua percepção sobre o dinamismo em MS contra a "aparente" estagnação do MT, a justificativa talvez esteja exatamente nos propósitos de quem governa. Não conheço o viareggiano, peemdebista Andrea Puccineli, mas conço a má-fama de Blairo Maggi...
Saudações,
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