29 de jun. de 2007

Reforma

Por Francisco marcos, cientista político.

Acabou de ser reprovada na Câmara Federal a parte principal da chamada reforma política. Lista ou lista flex foram sepultadas, dando a lógica de que os falecimentos acontecem durante a noite. Os nobres deputados atenderam ao clamor popular revelado pela pesquisa CNT/Sensus, os pesquisados em sua maioria não aceitavam a votação baseada em lista. Os grandes perdedores foram as lideranças dos partidos, pois os mesmos articularam a lista flex, os eleitores votariam duas vezes, de início no número da sigla partidária, em seguida no número do seu candidato. Os deputados se lixaram para as lideranças, já não existem líderes como antigamente. Convém lembrar que reforma é definida como: 1. Ato ou efeito de reformar (-se). 2. Mudança, modificação. 3. Aposentadoria de militar. A definição 3. está descartada. Há de se entender que a maioria não quer reformar coisíssima nenhuma. Foram eleitos pelo que está vigente, e para maioria o status quo não deve ser modificado. Tolos são os que pensam que nesta terra onde cantava o sabiá e com as palmeiras descendo a ladeira, algum político queira reformar, na verdade são conservadores. Deputado é a pessoa que nos custa seis milhões de reais anuais e o senador 33 milhões de reais. É a maior distribuição de renda per capita em Pindorama. Analisem se realmente a mudança faz parte do dicionário parlamentar, com exceção da mudança partidária pressionada pelos ventos verdes.
A caravana de espoliação e descaso da maioria da população continuará, uma minoria trabalha, recolhe impostos, enquanto o grande curral eleitoral recebe bolsa, que não é Vuitton, paga por nós. O que nos resta é tentar sobreviver, proteger a família, esquecer desta mescla de herdeiros de donatários com hipócritas dos mais variados calibres.
“Rezemos, pois a oração ainda não é fruto de impostos”

Um comentário:

Anônimo disse...

Para mim é remendo. Além de não mudar a roupa fica pior.