Por Giulio SanmartiniNessa quinta-feira passada, na matéria “Tudo tem Um Limite”, escrevi o seguinte:
“O fim de semana está próximo e com ele a ida às bancas do novo número de Veja, vale esperar por ele.”
Aqui na Itália são 7 da manhã de sábado (2 horas em Brasília) e já chegou via Internet a revista Veja. Sua reportagem de capa e nada mais nada menos que uma entrevista com Mônica Veloso, a que recebia pensão alimentícia do senador Renan Calheiros por ter tido com este uma filha.
É uma entrevista onde perguntas e respostas estão marcadas pela austeridade, a jovem e bonita Mônica com firmeza e sem circunlóquios deixa bem claro que jamais falou de dinheiro com o senador esse assunto era tratado diretamente com Cláudio Gontijo
Aparecem também algumas mentiras ditas por Calheiros, nesses estica encolhe em que o caso vai se arrastando, com por exemplo: “que por ser um caso extraconjugal, precisava fazer os pagamentos de modo discreto. Portanto recorreu ao lobista porque ele era amigo das duas partes”. mas ela diz que só conheceu Cláudio através de Renan e justamente porque os pagamentos eram feitos por ele.
Num resumo o que Mônica deixou claro é que:
• o dinheiro que recebia era sempre pago pelo lobista da Mendes Júnior;
• os pagamentos eram sempre em dinheiro vivo;
• como regra, os pagamentos eram feitos no escritório da Mendes Júnior em Brasília. Poucas vezes aconteceram fora dali;
• Renan Calheiros nunca falava de dinheiro e nunca lhe dissera que o dinheiro era dele;
• sempre que tinha de tratar de dinheiro, o interlocutor era o lobista Cláudio Gontijo, nunca o senador.
Afora isso existem outros detalhes. Nos extratos bancários que Calheiros apresentou ao senado, as contas não batem. O jornalista Policarpo Junior, que fez a entrevista que é entremeada com uma analise acurada das contas, mostrando que aquilo que foi dito pelo senador em sua defesa, foge completamente à realidade, definitivamente, o dinheiro não saiu de suas contas e pergunta: saiu de onde?. Fazendo ver ainda que o Corregedor do Senado Romeu Tuma, que ouviu o lobista Cláudio Gontijo é o único a crêr no que foi dito. Com relação a infeliz declaração do senador Epitácio Cafeteira, explicando que não precisava ouvir Mônica: "Chamar a moça para quê? Para fofocar?". Policarpo age de forma oportuna e contundente na sua resposta: “Não, Cafeteira, chame a moça para ajudá-los a fazer contas.”
Num país, como o Brasil que abrigou homens públicos da estrutura intelectual, moral e ética como Campos Sales, Ruy Barbosa, Rodrigues Alves, Raul Pila, Otávio Mangabeira, Santiago Dantas, Milton Campos, só há um lugar para Renan Calheiros: A CADEIA.
Leia a matéria na Veja online
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