Por Giulio Sanmartini
CABOCÔ PERGUNTADÔ
A deserção de dois pugilistas cubanos que estavam no Rio para o Pan-2007 deixou o Cabôco tão desconcertado quanto Fidel Castro. Se a ilha do Comandante é uma sucursal caribenha do paraíso, como aprendeu na infância com o tio comunista, por que todo mundo sempre foge de lá, nunca para lá? Por que os mais ferozes revolucionários não vão viver em Cuba nem depois de aposentados? Como Fidel anda sem saúde para isso, o Cabôco vai pedir ao companheiro José Dirceu que decifre o mistério.
(Augusto Nunes)
CABOCÔ PERGUNTADÔ
A deserção de dois pugilistas cubanos que estavam no Rio para o Pan-2007 deixou o Cabôco tão desconcertado quanto Fidel Castro. Se a ilha do Comandante é uma sucursal caribenha do paraíso, como aprendeu na infância com o tio comunista, por que todo mundo sempre foge de lá, nunca para lá? Por que os mais ferozes revolucionários não vão viver em Cuba nem depois de aposentados? Como Fidel anda sem saúde para isso, o Cabôco vai pedir ao companheiro José Dirceu que decifre o mistério.
(Augusto Nunes)
No dia 2 de fevereiro de 1959 assumiu poder da ilha de Cuba o caudilho Fidel Alejandro Castro Ruz,
logo implantou um sistema ditatorial de caráter marxista e vai seguindo assim até agora. Castro até hoje e incensado pelos intelectualóides saudosos do que queriam mas não foi.
O regime Castrista conseguiu manter-se economicamente com a ajuda da União Soviética, que fazia uma troca onde entregava-lhe petróleo a preço bem menor que o de mercado recebendo açúcar anum valor muito acima do mercado. Mas quando a economia equivocada União Soviética levou à queda do muro de Berlim, Cuba ficou falando sozinha, sem ter montado uma base econômica estável com as polpudas esmolas que recebeu por 30 anos.
A situação atual de Cuba é trágico (leia abaixo a matéria – O Melancólico fim de uma Cruel Utopia). A única atividade que foi desenvolvida pelo regime que deu certo, continua dando e é usada como propaganda revolução, é a aquela esportiva. Mas tem águam coisa pegando como cita rapidamente no exórdio Augusto Nunes.
Nos Jogos Pan-Americanos saiu-se bem logo (bem) abaixo do “decadente” Estados Unidos. Cubanos eram visto pelos camelôs de Madureira trocando seu agasalhos oficiais por quinquilharias, ou vendendo-os por U$ 100, para eles uma verdadeira fortuna, mas a deserção de atletas, fez com que o donos do poder temessem que poderia haver uma fuga em massa, assim, sem nem subir ao pódio para as últimas medalhas e participar do encerramento foram imediatamente e a toque de caixa, chamados para voltar. Regressou sábado à noite a seu país por determinação do governo de Havana. De acordo com as primeiras informações, a ordem foi passada aos chefes da delegação logo assim que o governo cubano soube de boatos dando conta de que os atletas preparavam deserções em massa. Durante os Jogos, três atletas e um técnico desertaram.
O primeiro atleta a desertar foi o jogador de handebol Rafael D’Costa Capote, com o seu técnico Lázaro Lamelas. Depois foi a vez dos campeões mundiais de boxe Guillermo Rigondeuax e Erislandy Lara. As fugas durante os Jogos irritaram o comandante da ilha Fidel Castro. Nos muitos artigos que escreveu sobre o Pan, Fidel, que se recupera de problemas de saúde, criticou a deserções, taxando os atletas de traidores.
Correu uma piada durante o Pan: quando o Brasil superou Cuba no medalheiro, dizia-se que dificilmente seria alcançado pois pesariam muito as provas de vela, esporte proibido em Cuba, haja vista que com a pratica de navegação à vela os cubanos teriam grande facilidade de chegar Miami (140km). As medalhas que o Brasil venceu nessa classe não lhe permitiu o segundo lugar, mas ficou valendo a piada.
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