8 de jul. de 2007

Nota em O Estado de São Paulo

Por Dora Kramer

Sob o título Fazenda Brasil, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) juntou uma série de expressões populares e elaborou uma fábula-manifesto 'sobre os que juntam fabulosa riqueza pecuniária com pecuária'.
Alguns trechos: 'Ê vida de gado... Enquanto você estava pensando na morte da bezerra, donos de enormes currais eleitorais aumentavam seu pecúlio com aberrantes negócios pecuários. Com cara de boi sonso, eles vêm com aquela conversa para boi dormir, jurando que não tem boi na linha, que foi tudo limpo como leite pasteurizado de vaca premiada, livre de aftosa.
'Não fique chorando o leite derramado! Vamos dar nomes aos bois: não é vaca Estrela nem boi Fubá; é Renan, Roriz, Quintanilha, Jucá... A situação na Ré-pública está de vaca desconhecer bezerro. Mesmo com algumas excelências enroladas como novilha atolada até o chifre, quem não se sente como rês desgarrada nessa multidão-boiada caminhando a esmo?
'Berre, povo marcado, não deixe a vaca ir para o brejo! Não diga amém como vaquinha de presépio.' Na convocação geral ao emprego da boiada 'para não sair da briga', Alencar termina com nova versão de Boi da Cara Preta, substituindo os rebentos que têm medo de careta pelos 'senadores que encheram a maleta'.

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