29 de ago. de 2007

A Apresentadora de Belíssimas Pernas

Por Giulio Samartini

A rainha Vitória, da Grã-Bretanha (1819-1901, coroada 1839), depois de sua viuvez, com a morte do príncipe Alberto (1861), ainda relativamente jovem, permaneceu o resto da vida vestida em luto, deixando de aparecer em público e indo raras vezes a Londres.
Autoproclamou-se guardiã dos bons costumes e implantou – em todo o império britânico, com reflexos para o resto da Europa – o que chamamos de moral vitoriana, baseada no puritanismo, mas com princípios hipócritas, onde o mais importante não era ser, mas parecer que se é.
Minha geração (começada nos anos 1940) viveu uma parte dessa moral. Lembro que me era contado por minha mãe que seu avô era um homem sério, que jamais alguém o vira rir, mas ela uma vez o surpreendera passando a mão no recavem (bunda) da empregada. Pois é não ria, mas dava-se a licenciosidades.
Esse sistema de conduta, sempre mais atenuado, foi-se arrastando até a primeira metade dos anos 1960, quando na Inglaterra apareceram especialmente Mary Quant, com sua minissaia e os Beatles, o primeiro conjunto a dar dignidade à música pop e também liberalizando modas, hábitos e comportamentos. Fica portanto marcada essa época como a da inumação da moral vitoriana.
Todavia esta, em pleno século 21 é desenterrada para atacar uma das maiores e mais sérias tradições inglesas, o sistema rádio televisivo a British Broadcasting Corporation (BBC), que se encontra numa situação pouco favorável e desacreditada

Leia a matéria no Observatório da Imprensa

Nenhum comentário: