A verdadeira elite numa sociedade é o grupo que detem o poder de exigir contribuição obrigatória (tributos)e decidir como esses recursos são gastos. A elite aumenta indefinidamente os seus gastos, impedindo que tais recursos cheguem à população. É a aplicação da tese da "farinha pouca, meu pirão primeiro". E a farinha é permanentemente pouca. Só tem uma solução: orçamento priorizado. Nada de "autorizativo" ou "impositivo" no orçamento. Ao contrário do que ocorre nesse nosso país de faz-de-conta, os recursos devem ser gastos ou usados a partir da atividade-fim. Se sobrar, a atividade-meio recebe. Se não for suficiente, quem fica sem os recursos é a atividade-meio. De que serve ter Ministério da Saúde, sem saúde? Será que a imprensa não se interessaria em deflagrar uma campanha nesse sentido?
24 de ago. de 2007
Comentário de leitor do p&p
Recebemos comentário de Jayme Guedes leitor do Blog. Creio que colocou as coisas muito bem.
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Um comentário:
Concordo com o Sr.Jaime, mas parece que ele se esqueceu que a imprensa - que muitos afirmam ser o quarto poder - não é mais isenta do que os outros três poderes republicanos. Ou ela veio do planeta Marte e não sofre do mesmo mal que impregna as nossas instituições? Para termos certeza de que uma notícia hoje representa um acontecimento real, um fato, temos que pesquisar e muito na Internet, procurando entre os muito picaretas aqueles que respeitam a si mesmo e não estão a serviço de alguma ideologia, ou interesse escuso. Nunca ficou tão difícil se informar. A democracia é a única forma de se permitir que a informação trafegue pelas suas veias. E está cada vez mais difícil a ocorrência de tal regime. Um filósofo arriscou diferenciar entre formação e informação dizendo que aquela é a que permite responder se esta é verdadeira ou não. Com os meios tecnológicos que temos hoje, penso que caiu por terra a afirmação do ilustre filósofo. Ninguém mais está apto a afirmar ou negar um fato onde não se é participante do acontecimento. Somos testemunhas tão somente dos nossos próprios pensamentos e sentimentos. Até a análise isenta do que nos rodeia já está ficando contraditória. Eu, que já bati na idade do sexo, a idade dos sexagenários, vivenciei e vivencio essa extraordinária mudança onde cada vez mais se escorrega diante da realidade, pois esta, é produzida artificialmente a cada minuto pelo desejo dos poderosos. Nunca a comunicação ficou tão cheia de ruídos como agora, numa época pródiga em tecnologia da informação.
Logo o Sr. Jaime estará convencido de que o Estado está acima de qualquer cidadão e que este tem somente uma obrigação que é a de trabalhar com entusiasmo para que ele - o Estado - possa existir e se desenvolver. Afinal, supõe-se que as formigas, as abelhas, os cupins não perguntem o porquê de suas existências.
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