Por Plínio Zabeu
Nosso presidente – inegavelmente carismático – continua procurando transformar tragédias em comédias ridículas. Não confundir carisma com competência ou liderança.
Depois de esperar vários dias para manifestar-se após o maior desastre aéreo brasileiro, veio a público para ler algo que lhe fora escrito. Na sua fala prometia de imediato projetos para solução rápida do principal problema de transporte no país, iniciado com outro desastre de igual proporção ainda sem solução.
Afirmava ele a decisão de mudar tudo. Direções dos órgãos responsáveis (ocupadas por gente que pouco ou nada entendia do assunto) seriam imediatamente mudadas. Novo aeroporto seria imediatamente construído. Segundo a ministra da Casa Civil, em local secreto para não despertar “cobiças imobiliárias”. Este projeto já foi prontamente esquecido já que foi feito sem antes existir um estudo sério. Resolveu mudar a chefia do Ministério da Defesa, de um estranho no assunto para outro com a mesma qualidade.
Durante a cerimônia de posse, Lula montou o seu circo. Coisa que ele adora fazer. Sua maneira de discursar é característica: Vai fazendo círculos concêntricos com as mãos, movendo-se de um lado e de outro, até que dá o sinal para a claque (aplausos e risadas) quando os dedos indicadores se aproximam. Foram até agora mais de mil discursos. É o que ele mais sabe fazer. Coisas engraçadas foram ditas. Como “entregar a sorte a Deus” sempre que a porta do avião se fecha. Ora essa! A maior autoridade do país coloca o setor de transporte mais importante e mais seguro da atualidade como uma aventura: Sabe que sai, mas não sabe se voltará.
Chegou ao cúmulo há dois dias, quando menosprezou a reação popular dizendo que tem duas orelhas ( uma para ouvir vaias, outra para ouvir aplausos). Esqueceu-se do velho e sábio ditado: “Temos duas orelhas e uma boca”. O que significa que vale a pena mais ouvir que falar.
Eis a falta de liderança. Também nos falta oposição competente. Por cima uma mídia mais interessada em choques que em notícias. De acordo com os grandes jornais, além de um governo inepto para controlar a crise aérea, temos também pilotos incompetentes. Como pode alguém em sã consciência achar que a dupla de pilotos, com tanto tempo de experiência, possa ter cometido falhas que resultaram no desastre de Congonhas?
Vamos devagar com as conclusões. Deixemos o humor, a sátira, os “conselhos” ministeriais (relaxogozismo e fodismo), para os dirigentes. Afinal a maioria os elegeu.
pzabeu@uol.com.br
Nosso presidente – inegavelmente carismático – continua procurando transformar tragédias em comédias ridículas. Não confundir carisma com competência ou liderança.
Depois de esperar vários dias para manifestar-se após o maior desastre aéreo brasileiro, veio a público para ler algo que lhe fora escrito. Na sua fala prometia de imediato projetos para solução rápida do principal problema de transporte no país, iniciado com outro desastre de igual proporção ainda sem solução.
Afirmava ele a decisão de mudar tudo. Direções dos órgãos responsáveis (ocupadas por gente que pouco ou nada entendia do assunto) seriam imediatamente mudadas. Novo aeroporto seria imediatamente construído. Segundo a ministra da Casa Civil, em local secreto para não despertar “cobiças imobiliárias”. Este projeto já foi prontamente esquecido já que foi feito sem antes existir um estudo sério. Resolveu mudar a chefia do Ministério da Defesa, de um estranho no assunto para outro com a mesma qualidade.
Durante a cerimônia de posse, Lula montou o seu circo. Coisa que ele adora fazer. Sua maneira de discursar é característica: Vai fazendo círculos concêntricos com as mãos, movendo-se de um lado e de outro, até que dá o sinal para a claque (aplausos e risadas) quando os dedos indicadores se aproximam. Foram até agora mais de mil discursos. É o que ele mais sabe fazer. Coisas engraçadas foram ditas. Como “entregar a sorte a Deus” sempre que a porta do avião se fecha. Ora essa! A maior autoridade do país coloca o setor de transporte mais importante e mais seguro da atualidade como uma aventura: Sabe que sai, mas não sabe se voltará.
Chegou ao cúmulo há dois dias, quando menosprezou a reação popular dizendo que tem duas orelhas ( uma para ouvir vaias, outra para ouvir aplausos). Esqueceu-se do velho e sábio ditado: “Temos duas orelhas e uma boca”. O que significa que vale a pena mais ouvir que falar.
Eis a falta de liderança. Também nos falta oposição competente. Por cima uma mídia mais interessada em choques que em notícias. De acordo com os grandes jornais, além de um governo inepto para controlar a crise aérea, temos também pilotos incompetentes. Como pode alguém em sã consciência achar que a dupla de pilotos, com tanto tempo de experiência, possa ter cometido falhas que resultaram no desastre de Congonhas?
Vamos devagar com as conclusões. Deixemos o humor, a sátira, os “conselhos” ministeriais (relaxogozismo e fodismo), para os dirigentes. Afinal a maioria os elegeu.
pzabeu@uol.com.br
Um comentário:
Giullui,
O titulo contém erro.
Debocha e Seriedade Não seria "debochE"?
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