21 de ago. de 2007

Dor de cotovelo

Adoro o blog do Mino Carta (foto), é imperdível porque Mino é assim uma espécie de burguês socialista, entendem? Chique, muito chique e fino! Mas o Mino não consegue disfarçar seus sentimentos. Desta vez, por exemplo, ele está se contorcendo de inveja da memória de Roberto Marinho. Leia a matéria dele abaixo. Para quem quiser se deliciar com seu blog, o endereço é blogdomino.blig.ig.com.br
Jornalista
Estou no aguardo ansioso da inauguração da ponte estaiada, a ser batizada como nome de Roberto Marinho, jornalista. Nisso tudo há uma coerência. A antiga avenidas das Águas Espraiadas, nome poético, passou a se chamar Roberto Marinho, jornalista, bem como todo o conjunto viário, que inclui a ponte estaiada e, não por acaso, passa ao lado da magnificente sede da Rede Globo em São Paulo. Seria algo assim como se na Itália o túnel do Monte Branco passasse a se chamar Silvio Berlusconi, jornalista. De fato, trata-se de personagens parecidas. Com uma diferença. Para subir na vida, Berlusconi valeu-se de muita natural esperteza, falta de escrúpulos e ajudas variadas. Marinho valeu-se, de maneira decisiva para a grandeza de seu império, da ajuda primeiro da ditadura e, durante o governo Sarney, de Antônio Carlos Magalhães, ministro das Comunicações. Aliás, os ministros das Comunicações sempre nutriram especial carinho pelo nosso colega Marinho e por sua empresa. A diferença está no fato de que, apesar de tudo, Berlusconi e Mussolini trocaram favores. A outra diferença, diz respeito às reações ao nome escolhido e à sua qualificação como profissional de imprensa. Não haveria jornalista na Itália disposto a aceitar em perfeito silêncio que Berlusconi se apresente como colega, como não haveria em relação a Murdoch no Reino Unido. Tampouco uma situação dessas seria engolida pela opinião pública em geral. Aqui, como se sabe, a prepotência não tem limites. A resignação também.
enviada por mino 20/08/2007
OBS: Os comentários no blog do Mino, assim como no site de José Dirceu, são moderados.

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