Augusto Nunes faz uma comparação interessante de dois sumiços de pessoas pública no momento em que não poderiam fazê-lo
O primeiro foi do remanescente dos irmãos Kennedy, Ted, que perdeu sua chance de chegar à presidência dos Estados Unidos, pois em 1969, depois de um acidente de automóvel em que morreu seu secretária, ficou sumido por 8 horas sem dar explicações do que acontecera.
O outro que sumiu presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (atenção, essa é a única comparação que pode ser feita entre os dois, pois no resto são como água e azeite).O primeiro foi do remanescente dos irmãos Kennedy, Ted, que perdeu sua chance de chegar à presidência dos Estados Unidos, pois em 1969, depois de um acidente de automóvel em que morreu seu secretária, ficou sumido por 8 horas sem dar explicações do que acontecera.
“Atarantado com a visão do cardume de mensaleiros, Lula permaneceu submerso meses a fio. Assustado com a queda do Boeing da Gol, continua a esconder-se dos parentes das vítimas. Perturbado pela explosão do Airbus da TAM, ficou três dias sumido. Reapareceu na televisão com a expressão confusa de quem circulara pelo espaço sideral a bordo de um teco-teco.”
UM BOM PILOTO NÃO SOME
Por Augusto Nunes
Na noite de 18 de julho de 1969, ao acionar o motor do seu Oldsmobile, o senador Ted Kennedy exibia no rosto duas marcas de família: o sorriso amplo e, emoldurada por seus lábios entreabertos, a dentição perfeita. Tinha motivos para sentir-se feliz. Fora muito animado aquele jantar oferecido por amigos na ilhota de Chappaquiddick, no Estado de Massachusetts. E os Kennedy sempre gostaram de festa. A secretária Mary Jo Kopechne, jovem e atraente, aceitara o convite para acompanhá-lo na viagem de volta. E os Kennedy sempre gostaram de sexo.
Aos 37 anos, Ted poderia esperar sem pressa a hora de candidatar-se à Presidência dos Estados Unidos. Senador admirado até por adversários, herdeiro e guardião da memória de duas lendas americanas, o irmão caçula de John e Robert acreditava que o pouso na Casa Branca era questão de tempo. E os Kennedy sempre amaram o poder.
Pode ter sido o álcool. Pode ter sido o sexo. Pode ter sido o sonho. Por algum motivo, uma guinada brusca no volante fez o carro saltar da ponte para o rio. E as coisas mudaram.
Dramaticamente agravado pela morte de Mary Jo, o acidente colocou o projeto presidencial na rota do naufrágio. Mas o sonho não morreu no rio. Foi assassinado em terra pelo próprio Ted, que nadara rumo à salvação ao perceber que não conseguiria libertar a secretária das ferragens.
O senador só reapareceu depois de um sumiço de oito horas - para contar que não se recordava do que fizera, ou deixara de fazer, ao alcançar a margem do rio. Não sabia em que portas batera à caça de ajuda. Não sabia por que deixara de avisar a polícia. Não sabia sequer onde se abrigara.
A Casa Branca já hospedou figuras que seriam barradas num baile de bordel. Beberrões inconvenientes, priápicos ferozes, malucos de carteirinha - tipos assim sorriem na galeria dos retratos dos ex-presidentes. Mas não há espaço na parede para catatônicos confessos.
Um bom piloto não pode sumir, sobretudo durante a travessia de zonas de turbulência. Os americanos não engolem governantes que se ausentam nas horas difíceis. Os brasileiros são mais tolerantes. Até se divertem com os sumiços do presidente Lula - mais freqüentes, mais demorados e mais bisonhos que o que interrompeu a luminosa trajetória de Ted Kennedy.
Atarantado com a visão do cardume de mensaleiros, Lula permaneceu submerso meses a fio. Assustado com a queda do Boeing da Gol, continua a esconder-se dos parentes das vítimas. Perturbado pela explosão do Airbus da TAM, ficou três dias sumido. Reapareceu na televisão com a expressão confusa de quem circulara pelo espaço sideral a bordo de um teco-teco.
Surpreendido pela indisciplina dos aviões, que se recusaram a decolar e pousar com a pontualidade exigida pelo maior dos presidentes desde as caravelas, emudeceu por seis meses. Recuperada a voz, jurou que não sabia do apagão. Soube por Nelson Jobim e ficou espantado. Quer dizer que Lula logo vai sumir de novo.
Na noite de 18 de julho de 1969, ao acionar o motor do seu Oldsmobile, o senador Ted Kennedy exibia no rosto duas marcas de família: o sorriso amplo e, emoldurada por seus lábios entreabertos, a dentição perfeita. Tinha motivos para sentir-se feliz. Fora muito animado aquele jantar oferecido por amigos na ilhota de Chappaquiddick, no Estado de Massachusetts. E os Kennedy sempre gostaram de festa. A secretária Mary Jo Kopechne, jovem e atraente, aceitara o convite para acompanhá-lo na viagem de volta. E os Kennedy sempre gostaram de sexo.
Aos 37 anos, Ted poderia esperar sem pressa a hora de candidatar-se à Presidência dos Estados Unidos. Senador admirado até por adversários, herdeiro e guardião da memória de duas lendas americanas, o irmão caçula de John e Robert acreditava que o pouso na Casa Branca era questão de tempo. E os Kennedy sempre amaram o poder.
Pode ter sido o álcool. Pode ter sido o sexo. Pode ter sido o sonho. Por algum motivo, uma guinada brusca no volante fez o carro saltar da ponte para o rio. E as coisas mudaram.
Dramaticamente agravado pela morte de Mary Jo, o acidente colocou o projeto presidencial na rota do naufrágio. Mas o sonho não morreu no rio. Foi assassinado em terra pelo próprio Ted, que nadara rumo à salvação ao perceber que não conseguiria libertar a secretária das ferragens.
O senador só reapareceu depois de um sumiço de oito horas - para contar que não se recordava do que fizera, ou deixara de fazer, ao alcançar a margem do rio. Não sabia em que portas batera à caça de ajuda. Não sabia por que deixara de avisar a polícia. Não sabia sequer onde se abrigara.
A Casa Branca já hospedou figuras que seriam barradas num baile de bordel. Beberrões inconvenientes, priápicos ferozes, malucos de carteirinha - tipos assim sorriem na galeria dos retratos dos ex-presidentes. Mas não há espaço na parede para catatônicos confessos.
Um bom piloto não pode sumir, sobretudo durante a travessia de zonas de turbulência. Os americanos não engolem governantes que se ausentam nas horas difíceis. Os brasileiros são mais tolerantes. Até se divertem com os sumiços do presidente Lula - mais freqüentes, mais demorados e mais bisonhos que o que interrompeu a luminosa trajetória de Ted Kennedy.
Atarantado com a visão do cardume de mensaleiros, Lula permaneceu submerso meses a fio. Assustado com a queda do Boeing da Gol, continua a esconder-se dos parentes das vítimas. Perturbado pela explosão do Airbus da TAM, ficou três dias sumido. Reapareceu na televisão com a expressão confusa de quem circulara pelo espaço sideral a bordo de um teco-teco.
Surpreendido pela indisciplina dos aviões, que se recusaram a decolar e pousar com a pontualidade exigida pelo maior dos presidentes desde as caravelas, emudeceu por seis meses. Recuperada a voz, jurou que não sabia do apagão. Soube por Nelson Jobim e ficou espantado. Quer dizer que Lula logo vai sumir de novo.
5 comentários:
Outa comparação interesante: Quando ocorreu o buraco do metrô: Serra sumiu.
Esse site já foi meu "direitista preferido".
O Sr. Giulio mora na Itália e está influenciado pelos comentários da Sra. Adriana.
O comentário anônimo faz um questionamento oportuno.
Sr. Giulio, acompanhei muitos comentários seus no OI...não tenha uma ótica do Brasil pelas lentes embassadas desse site no momento. Tenho absoluta certeza que não apoioaria o vexame "CANSEI" se ainda estivesse no Brasil.
abraço
Sr. "Ampaix", por favor me explique: O que os defensores do governo Lula vêm de bom na sua gestâo? Por que defendem tanto este governo de corruptos, ausentes, grosseirões e seguidores da política do "relaxa e goza". Eu sinceramente quero entender.
Atenciosamente,
AOR
Para entender é necessário ter cérebro! Para ter cérebro é necessário não ser TUCANO!
Sr AOR,
tenho 41 anos e sou profissional liberal com nível superior completo e pós-graduação. 3 filhos, não tenho nenhum vínculo político e não ganho nenhum bolsa-família. Tenho uma renda que posso sustentar a todos, inclusive faculdade particular, planos de saúde, vestuário, alimentação, lazer...etc²...etc²...etc².
Esse ano paguei mais de 20 mil em impostos. Obviamente acho que a carga tributária é terrível, mas sinto uma significativa melhora em muitos setores.
Não vou prolongar o assunto pq esse blog é muito dinâmico e acho que não poderemos debater.
abraço.
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