Do Claudio Humberto
Empresário da prostituição de alto luxo de São Paulo, Oscar Bahamas (foto) está ameaçando abrir o bico. Não quer repetir a discrição da brasiliense Jeane Marie Corner. Poderia escrever um livro à Bruna Surfistinha e depois transformá-lo em filme com incentivo fiscal do Ministério da Cultura.
Um comentário:
Esse melê todo da Bahamas está recheado de corrupção, cinismo e hipocrisia. Todo mundo está careca de saber, há muitos anos, que a Bahamas é uma casa de “programas”. Nem o Sr. Prefeito, nem a polícia, nem a Procuradoria ignoram esse fato. Agora virou a bola da vez e caem sobre a casa e seu proprietário feito carcarás.
É muito fácil fazer tábula rasa da questão da prostituição e sair condenando a mais velha profissão do mundo. Entretanto, como quase tudo na vida, as coisas não são simplesmente brancas ou pretas. E essa questão, definitivamente, é cinzenta. Há que se distingüir entre a prostituição infantil ou as antigas “zonas” do interior em que as moças lá viviam como que aprisionadas, dos esquemas tipo Bahamas em que as moças, todas maiores, lá vão com seus carrões luxuosos por livre e espontânea vontade fazer o seu comércio e pagar a combinada comissão ao proprietário do local. Se não acharem o trato justo e vantajoso, estão livres para ir a qualquer outra casa, de mesmo nível, dentre as várias existentes em São Paulo, como bem sabem os leitores de revistas de turismo, disponíveis em todos os hotéis de São Paulo.
Além do que, casas como essa, não comprometem as redondezas como foi o caso das antigas zonas de prostituição de São Paulo que deterioraram de forma quase que definitiva uma parte do velho centro da cidade, hoje decadente a não mais poder. E, por falar em “impacto ambiental” o que dizer do desfile de moças e travestís se prostituindo na avenida do Jóquei Clube, na Indianópolis, na avenida de acesso à Cidade Universitária, entre outras? Tudo isso existe há anos, sem repressão....é mais fácil fechar a Bahamas do que combater a prostituição nas ruas!!!! Faça-me o favor.
O Sr. Maroni é crescidinho e muito esperto e, portanto, não necessita ajuda de quem quer que seja para se safar da encrenca que se meteu por se esquecer de que boca fechada não entra mosquito, mas acho uma tremenda hipocrisia toda essa onda em torno da Bahamas.
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