Por Giulio Sanmartini
Disse Lula ontem em Mato Grosso: "Se quiserem brincar com a democracia, ninguém sabe nesse País colocar mais gente na rua do que eu".
Ele pode brincar com a democracia, aliás ele está brincando, como criança que ganhou um brinquedo novo, de governar o país desde que assumiu apresidência.
Ele brinca com a democracia (que é coisa séria) ao tentar controlar a mídia, ou comprando com dinheiro do contribuinte os parlamentares que votem no que lhe for favorável.
Já foi o tempo em que Lula entendia de rua, que enchia o estádio de Vila Euclides em São Bernardo do Campo e as portas das fábricas, mas isso foi há 30 anos e nesse período muita água rolou. Ele pôde encher um estádio do ABC em plena ditadura, pois não havia repressão da força pública, como aconteceu ontem nos dois Mato Grosso.
Atenuar os apupos alegando de que no Maracanã se vaia até a minuto de silencio é besteira. O Maracanã vaia ou aplaude quem bem entende, pode servir termômetro a homens públicos e a demagogos. Não vamos nunca esquecer, que o general presidente Emilio Garrastazu Médici,o mais duro da ditadura, sem levar claque era aplaudido de pé no estádio.
Na metade do século XVIII vivia em Gênova um menino que atendia pelo apelido de Ballila, a Cidade estava ocupada pelo exército alemão, o povo já não suportava mais essa afronta, todavia levava a coisa passivamente. Até que um dia Balilla pegou uma pedra, a jogou contra um soldado alemão e gritou: “Quem Começa?”. Essa foi a reação de uma só pessoa, mas que traduzia a vontade da maioria, assim foi se desencadeando um protesto geral até que os invasores foram expulsos.
Não interessa quantos em Cuiabá conseguiram vaiar o presidente da República, o que conta é o fato em si, o gesto de repulsa ao que está sendo feito e ao que não está sendo feito no Brasil, é a repulsa à mentira, ao desencanto, a desesperança, dos que votando em Lula imaginaram estar “mudando tudo isso que está aí” e em resposta tiveram corrupção e incompetência.
Lula não entende de rua, ele entendia de protestar contra uma ditadura e agora, vai protestar contra o quem? Só se for contra seu governo, como o estão fazendo os gatos pingados mato grossenses.
De fato há um imenso cansaço de tanto esperar o que poderia ser e jamais será.
(*) Foto: monumento ao Balilla em, Gênova.
Leia a matéria na Tribuna da Imprensa online
Disse Lula ontem em Mato Grosso: "Se quiserem brincar com a democracia, ninguém sabe nesse País colocar mais gente na rua do que eu".
Ele pode brincar com a democracia, aliás ele está brincando, como criança que ganhou um brinquedo novo, de governar o país desde que assumiu apresidência.
Ele brinca com a democracia (que é coisa séria) ao tentar controlar a mídia, ou comprando com dinheiro do contribuinte os parlamentares que votem no que lhe for favorável.
Já foi o tempo em que Lula entendia de rua, que enchia o estádio de Vila Euclides em São Bernardo do Campo e as portas das fábricas, mas isso foi há 30 anos e nesse período muita água rolou. Ele pôde encher um estádio do ABC em plena ditadura, pois não havia repressão da força pública, como aconteceu ontem nos dois Mato Grosso.
Atenuar os apupos alegando de que no Maracanã se vaia até a minuto de silencio é besteira. O Maracanã vaia ou aplaude quem bem entende, pode servir termômetro a homens públicos e a demagogos. Não vamos nunca esquecer, que o general presidente Emilio Garrastazu Médici,o mais duro da ditadura, sem levar claque era aplaudido de pé no estádio.
Na metade do século XVIII vivia em Gênova um menino que atendia pelo apelido de Ballila, a Cidade estava ocupada pelo exército alemão, o povo já não suportava mais essa afronta, todavia levava a coisa passivamente. Até que um dia Balilla pegou uma pedra, a jogou contra um soldado alemão e gritou: “Quem Começa?”. Essa foi a reação de uma só pessoa, mas que traduzia a vontade da maioria, assim foi se desencadeando um protesto geral até que os invasores foram expulsos.
Não interessa quantos em Cuiabá conseguiram vaiar o presidente da República, o que conta é o fato em si, o gesto de repulsa ao que está sendo feito e ao que não está sendo feito no Brasil, é a repulsa à mentira, ao desencanto, a desesperança, dos que votando em Lula imaginaram estar “mudando tudo isso que está aí” e em resposta tiveram corrupção e incompetência.
Lula não entende de rua, ele entendia de protestar contra uma ditadura e agora, vai protestar contra o quem? Só se for contra seu governo, como o estão fazendo os gatos pingados mato grossenses.
De fato há um imenso cansaço de tanto esperar o que poderia ser e jamais será.
(*) Foto: monumento ao Balilla em, Gênova.
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