Por Giulio Sanmartini
O ex presidente da República Itamar Franco é tido como um político canhestro e caga raiva. Aparece mais como problema que solução. Lamentavelmente carregara a imagem desagradável de ter sido fotografado no Sambódromo com a mundana Lílian Ramos, que aparece sem as calcinhas, com as partes pouco pudentes à mostra.
Mas Itamar é um homem íntegro, daqueles que estão fazendo uma tremenda falta no país. Além de ter sido seu governo a lançar o plano estabilidade econômica, eliminando uma inflação que há décadas corria a nação, foi um presidente destemido.
Vou citar dois fatos que hoje são raras preciosidades nos Poderes da República:
Em 1993 levantaram-se suspeitas sobre a integridade de seu ministro chefe da Casa Civil Henrique Hargreaves, este percebeu que não poderia constranger o presidente Itamar Franco, de quem era ministro e também amigo há décadas, permanecendo no cargo, sob suspeita, enquanto uma CPI investigava se ele havia ou não praticado ladroeira.
Diante disso, Hargreaves seguiu o recomendado pelos bons costumes republicanos e fez o que deveria fazer: apresentou sua demissão ao presidente da República, que imediatamente aceitou e foi para casa aguardar as apurações.
Em fevereiro de 1994, a CPI dos Anões do Orçamento inocentou-o das acusações. Só então, decorridos quatro meses fora do governo, e a convite do presidente Itamar, o ministro voltou ao cargo.
O outro fato foi anterior (1992) e Itamar Franco enfrentou nada mais nada menos que a ira de Antonio Carlos Magalhães, ignorando sua malvadeza Quando Itamar nomeou ministro Jutahy Júnior inimigo de ACM, este gritou que tinha um dossiê de provas de corrupção no governo.
Itamar pediu-lhe o dossiê. À frente de uma tropa, ACM atravessou a Praça dos Três Poderes, com a prepotência de um Mussolini Tupiniquim fazendo a Marcha sobre Roma, sobraçando uma pasta cor-de-rosa com seu propalado e temível dossiê, mas ao entrar no gabinete presidencial, encontrou toda a imprensa lá dentro. Pediu que os jornalistas saíssem, mas Itamar objetou e sugeriu que mostrasse o dossiê à vista da imprensa. ACM não tinha nenhum dossiê consistente. Deu uma desculpa e foi saindo como um cachorro vira lata escorraçado, com as orelhas baixas e o rabo entre as pernas.
É uma pena que o atual presidente não tem a capacidade, a coragem e a vontade de seguir esses exemplos.
O ex presidente da República Itamar Franco é tido como um político canhestro e caga raiva. Aparece mais como problema que solução. Lamentavelmente carregara a imagem desagradável de ter sido fotografado no Sambódromo com a mundana Lílian Ramos, que aparece sem as calcinhas, com as partes pouco pudentes à mostra.
Mas Itamar é um homem íntegro, daqueles que estão fazendo uma tremenda falta no país. Além de ter sido seu governo a lançar o plano estabilidade econômica, eliminando uma inflação que há décadas corria a nação, foi um presidente destemido.Vou citar dois fatos que hoje são raras preciosidades nos Poderes da República:
Em 1993 levantaram-se suspeitas sobre a integridade de seu ministro chefe da Casa Civil Henrique Hargreaves, este percebeu que não poderia constranger o presidente Itamar Franco, de quem era ministro e também amigo há décadas, permanecendo no cargo, sob suspeita, enquanto uma CPI investigava se ele havia ou não praticado ladroeira.
Diante disso, Hargreaves seguiu o recomendado pelos bons costumes republicanos e fez o que deveria fazer: apresentou sua demissão ao presidente da República, que imediatamente aceitou e foi para casa aguardar as apurações.
Em fevereiro de 1994, a CPI dos Anões do Orçamento inocentou-o das acusações. Só então, decorridos quatro meses fora do governo, e a convite do presidente Itamar, o ministro voltou ao cargo.
O outro fato foi anterior (1992) e Itamar Franco enfrentou nada mais nada menos que a ira de Antonio Carlos Magalhães, ignorando sua malvadeza Quando Itamar nomeou ministro Jutahy Júnior inimigo de ACM, este gritou que tinha um dossiê de provas de corrupção no governo.
Itamar pediu-lhe o dossiê. À frente de uma tropa, ACM atravessou a Praça dos Três Poderes, com a prepotência de um Mussolini Tupiniquim fazendo a Marcha sobre Roma, sobraçando uma pasta cor-de-rosa com seu propalado e temível dossiê, mas ao entrar no gabinete presidencial, encontrou toda a imprensa lá dentro. Pediu que os jornalistas saíssem, mas Itamar objetou e sugeriu que mostrasse o dossiê à vista da imprensa. ACM não tinha nenhum dossiê consistente. Deu uma desculpa e foi saindo como um cachorro vira lata escorraçado, com as orelhas baixas e o rabo entre as pernas.
É uma pena que o atual presidente não tem a capacidade, a coragem e a vontade de seguir esses exemplos.
4 comentários:
Esta última, acho que foi pensada pelo Sen. Pedro Simon, então lider do Governo no Senado. Não é?
Giulio,
Esses fatos que vc relata, embora louváveis, não faz do bisonho Itamar uma relevância dentre nossos presidentes.
Cheio de idéias bizarras, como a reintrodução do Fusca, e temperamental como uma bicha louca, não tem equilíbrio emocional para ser o primeiro mandatário de uma nação de 200 milhões.
Ah, e Lula tem...
Ah... e Lula tem...
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