12 de set. de 2007

Fragilidade ética compromete a cidadania


Se os 81 senadores absolverem hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Brasil assistirá a “uma piora ética, um desconsolo da cidadania e, de novo, a prova de que a falcatrua sempre dá frutos”. É o que avalia o professor Roberto Romano (foto), titular de Ética e Filosofia da Unicamp, em entrevista a Gabriel Manzano Filho para o Estadão, clique aqui para ler.

Que lhe parece o grande empenho de Renan pelo voto secreto?


Roberto Romano -
A imagem que me ocorre é a da Máfia. Ela é uma sociedade secreta. O maior medo dessas organizações é que a imprensa, a Justiça ou o Estado saibam de seus atores e atos. É uma coisa tão séria que, em contatos que tive com figuras do STF, percebi o grande desconforto que os juízes têm com o Poder Legislativo, que está exagerando na disposição para legislar em causa própria. Também acho que não se pode ficar mudando a lei com casuísmos, em cima da hora, mas lembro que tal segredo não faz sentido ao julgar um deputado ou senador. Isso é um sigilo anti-republicano. E há um projeto parado há um ano, no Congresso, sobre o assunto.

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