Uma das principais características dos fascistas é a não aceitação das críticas. Algo que talvez se explique em traumas na infância, em momentos que os impeçam de aceitar críticas ou discordâncias. Isso ocorreu com os petistas, no passado tão pródigos em denúncias, após o escândalo do mensalão, com corrupções óbvias, com dinheiro na cueca inclusive, mas que ainda teimam em afirmar que isso é um complô da imprensa "burguesa". Veja esse trecho do artigo do dia 31/08 da Eliane Catanhêde, da Folha de São Paulo:
Se há conspiração, não é só da mídia. Senão, vejamos: começou com Roberto Jefferson, aliado de Dirceu, ficou sob a mira da imprensa, passou para as CPIs, foi ratificada pelo procurador-geral da República, admitida pelo ministro Joaquim Barbosa (da "elite branca e rica"?) e afinal votada em bloco pelo Supremo. Haja conspiração!
O texto completo abaixo.
Se há conspiração, não é só da mídia. Senão, vejamos: começou com Roberto Jefferson, aliado de Dirceu, ficou sob a mira da imprensa, passou para as CPIs, foi ratificada pelo procurador-geral da República, admitida pelo ministro Joaquim Barbosa (da "elite branca e rica"?) e afinal votada em bloco pelo Supremo. Haja conspiração!
O texto completo abaixo.
Teatro do absurdo
BRASÍLIA - Já não se fazem mais Supremos Tribunais Federais como antigamente. Hoje, ministros trocam e-mails durante sessões históricas, tratam os colegas por apelidos jocosos, são suspeitos de acertar voto e, alguns, de delegar seus votos para assessores.
O novo lance, flagrado pela repórter Vera Magalhães, foi o telefonema do novato Ricardo Lewandowski (da leva Lula) em que ele acusa os ministros de não "amaciar para o Dirceu" porque votaram "com a faca no pescoço", "acuados pela imprensa". Os louros pela decisão histórica duraram dois dias e foram triturados em dez minutos.
Os ministros se sentiram atingidos e reagiram mal, evidentemente, exigindo uma manifestação enérgica da presidente do Supremo, Ellen Gracie, que só no meio da tarde soltou uma nota tão formal quanto ela própria.
Quem se deu bem foi Dirceu, que -com toda a razão, diga-se de passagem- agora quer melar o julgamento e, brandindo a Folha, encenou uma inversão de papéis: em vez de réu por corrupção ativa e formação de quadrilha, ele se colocou como vítima num "teatro do absurdo".
A adaptação rápida do roteiro dificilmente vai colar, pois o único voto a favor de Dirceu foi justamente de Lewandowski. Mas dá força para Dirceu exercitar sua forte liderança sobre os setores do PT que não aceitam fatos e insistem na tese da "conspiração da mídia".
Se há conspiração, não é só da mídia. Senão, vejamos: começou com Roberto Jefferson, aliado de Dirceu, ficou sob a mira da imprensa, passou para as CPIs, foi ratificada pelo procurador-geral da República, admitida pelo ministro Joaquim Barbosa (da "elite branca e rica"?) e afinal votada em bloco pelo Supremo. Haja conspiração! Lewandowski lançou suspeição sobre o Supremo. Se o ministro Eros Grau ("Cupido") cumprir a ameaça de processá-lo, ele pode vir a se juntar a Dirceu -como réu.
2 comentários:
Alô, Adriana
Importante dizer aqui, como uma resposta a mais uma das merdas que o Zé disse na TV e escreveu em seu blog, dizendo-se injustiçado porque não há nenhuma prova real que justifique a aceitação da denúncia, (jus sperneandi - direito de espernear) a notícia na última Isto É, onde o ministro do STF, Celso de Mello, elogiando publicamente o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que cito integralmente, em maiúsculas (pena que não posso por em vermelho):
"ELE OFERECEU UMA DENÚNCIA PRECISA, PROCESSUALMENTE VIÁVEL, JUDICIALMENTE IDÔNEA E MATERIALMENTE CONSISTENTE."
E nem se diga que esse elogio denota pré-julgamento, pois se refere apenas à correção de uma peça jurídica.
Aguardo sinceramente, que o ministro Eros venha a processar o Leviandowski, porque não é aceitável esse tipo de manifestação de outro ministro do mesmo tribunal.
Alô, Adriana
Desculpe, esqueci de dizer que a frase de Celso de Mello também responde ao ignorante Top Top, citado no cabeçalho do blog.
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