12 de set. de 2007

É o Etanol.

Na véspera do julgamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do aliado, amenizou os reflexos do veredicto sobre o Palácio do Planalto e disse que seu governo não será prejudicado pela decisão dos parlamentares "qualquer que seja ela". Embora nos bastidores o governo considere que Renan será obrigado a entregar o comando do Senado para salvar o mandato, Lula procurou jogar água na fogueira. E, mais uma vez, destampou o besteirol.
"Eu não vejo nenhum problema, não faço disso nenhum trauma".
“ O momento do Senado termina na quarta-feira. Na hora em que terminar, tem uma pauta para o Senado votar e vamos continuar trabalhando".
"Quer dizer que se absolver Renan vai ter problema e se condenar não tem problemas?. Eu não posso acreditar numa moeda de única face".
Na prática, porém, o governo teme as conseqüências do julgamento de Renan sobre a votação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação das Receitas Orçamentárias (DRU). O Planalto luta para esticar até 2011 a CPMF e a DRU, dois dispositivos que vencem em dezembro.
Tudo indica que andou mostrando ao primeiro ministro sueco Fredrik Reinfeldt, que o etanol brasileiro desce redondo.

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