Preso ontem pela Interpol no principado de Mônaco, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola e foragido número 1 da Justiça brasileira, é uma bomba que cai no colo do ex-governo Fernando Henrique. Procurado há sete anos, Cacciola, que tem cidadania italiana, foi condenado a treze anos de cadeia por peculato e gestão fradulenta de seu banco, o Marka, que quebrou com a desvalorização do câmbio, em 1999. Com ele foram condenados o então presidente do Banco Central, Francisco Lopes - dez anos em regime fechado - e a diretora de fiscalização do BC Tereza Grossi, que pegou seis anos. Preso e libertado por habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, Cacciola fugiu para a Itália, onde teria trabalhado como gerente de hotel. Teve pedido de extradição negado, em 2001. CPI do Senado, durante o governo Fernando Henrique, envolveu o então ministro da Fazenda Pedro Malan e o proprio FHC, que teria almoçado com o Francisco Lopes no dia em que o BC autorizou a operação de socorro ao Marka e ao banco FonteCidam. Chico Lopes foi demitido. Cacciola escreveu um livro com graves acusações a FHC, procuradores federais, ministros, juízes do Rio e senadores. O socorro ao banco Marka provocou um rombo de mais de R$ 100 milhões aos cofres do governo. A prisão de Cacciola e suas possíveis revelações devem ocupar nas próximas semanas o já pesado noticiário político.16 de set. de 2007
Prisão de Cacciola é torpedo no governo FHC
Por Claudio Humberto
Preso ontem pela Interpol no principado de Mônaco, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola e foragido número 1 da Justiça brasileira, é uma bomba que cai no colo do ex-governo Fernando Henrique. Procurado há sete anos, Cacciola, que tem cidadania italiana, foi condenado a treze anos de cadeia por peculato e gestão fradulenta de seu banco, o Marka, que quebrou com a desvalorização do câmbio, em 1999. Com ele foram condenados o então presidente do Banco Central, Francisco Lopes - dez anos em regime fechado - e a diretora de fiscalização do BC Tereza Grossi, que pegou seis anos. Preso e libertado por habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, Cacciola fugiu para a Itália, onde teria trabalhado como gerente de hotel. Teve pedido de extradição negado, em 2001. CPI do Senado, durante o governo Fernando Henrique, envolveu o então ministro da Fazenda Pedro Malan e o proprio FHC, que teria almoçado com o Francisco Lopes no dia em que o BC autorizou a operação de socorro ao Marka e ao banco FonteCidam. Chico Lopes foi demitido. Cacciola escreveu um livro com graves acusações a FHC, procuradores federais, ministros, juízes do Rio e senadores. O socorro ao banco Marka provocou um rombo de mais de R$ 100 milhões aos cofres do governo. A prisão de Cacciola e suas possíveis revelações devem ocupar nas próximas semanas o já pesado noticiário político.
Preso ontem pela Interpol no principado de Mônaco, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola e foragido número 1 da Justiça brasileira, é uma bomba que cai no colo do ex-governo Fernando Henrique. Procurado há sete anos, Cacciola, que tem cidadania italiana, foi condenado a treze anos de cadeia por peculato e gestão fradulenta de seu banco, o Marka, que quebrou com a desvalorização do câmbio, em 1999. Com ele foram condenados o então presidente do Banco Central, Francisco Lopes - dez anos em regime fechado - e a diretora de fiscalização do BC Tereza Grossi, que pegou seis anos. Preso e libertado por habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, Cacciola fugiu para a Itália, onde teria trabalhado como gerente de hotel. Teve pedido de extradição negado, em 2001. CPI do Senado, durante o governo Fernando Henrique, envolveu o então ministro da Fazenda Pedro Malan e o proprio FHC, que teria almoçado com o Francisco Lopes no dia em que o BC autorizou a operação de socorro ao Marka e ao banco FonteCidam. Chico Lopes foi demitido. Cacciola escreveu um livro com graves acusações a FHC, procuradores federais, ministros, juízes do Rio e senadores. O socorro ao banco Marka provocou um rombo de mais de R$ 100 milhões aos cofres do governo. A prisão de Cacciola e suas possíveis revelações devem ocupar nas próximas semanas o já pesado noticiário político.
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Um comentário:
Uma forma de compensação de "escândalos". Isto É também oferece uma matéria estupenda sobre AVES. Tudo ajudará esquecer (será?) o caso do Senado. Mônaco não é Brasil (é permitido supor que será avisada a Embaixada Italiana). O italiano ESTÁ PRESO? Confira! Ele não tem (MAIS) nacionalidade brasileira (renunciou - ato unilateral sem questionamento). Não quer, acabou! Para adquirir, são examinadas condições legais. Não cometeu crime contra a Humanidade (tipo Saddan e outros), não há um DEVER de "entregar". Seria bom conferir: existe Tratado de Extradição entre Mônaco e o Brasil? Não pode este País pensar que Mônaco é Brasil (Venezuela e Cuba) e fará a "entrega" como no caso dos pugilistas cubanos (pediram abrigo na Embaixada Alemã) e que foram retirados em "aeronave de outro Estado" (do democrata Chavez), enodoando o centenário asilo no teritório nacional. Ninguém em sã consciência aplaude infração, é algo medíocre - só infratores elogiam o delito. Não é motivo para um recuo ao passado. O atual Governo tem que assumir o SEU PERFIL (tem um mandato exaurido, contaminado por fatos insólitos na ação e "aloprados", "mensaleiros", etc). Não pode seguir confrontando o anteontem que é FHC, uma "carta fora do baralho" (não fez sequer uma boa história, a reeleição deixou sequelas - a versão nunca provada de um Ministro-caminhante, o falecido Sérgio Mota). A verdade é que de fuxico em fuxico a Administração segue, de mexerico em mexerico jogando o fato presente no vaso portátil de dejetos, "Sua Excelência o Penico". E o Povo? Na massa. O Brasil é único!
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