25 de set. de 2007

Tudo é Uma Questão de Opinião e Oportunismo

Por Giulio Sanmartini

Em Belmonte, pequena cidade litorânea do Sul da Bahia, exista uma figura que atendia pelo apelido de Boca. Tinha uma pequena plantação de cacau, onde não ia há 5 anos, tinha um empregado para cuidar de tudo e que, a cada safra, levar-lhe o saldo da venda.
Esse saldo não era grande coisa, mas lhe permitia viver 10 meses do ano. Nos dois faltantes passava por uma penúria franciscana, mas não abria mão de seu magno compromisso: o de nunca ter trabalhado em sua vida.
Até que um dia Boca resolveu fazer um tentativa política, me explicou que seria candidato a prefeito, pois se eleito, receberia mas continuaria sem fazer nada
No seu primeiro comício, declarou que abria mão do salário em favor dos necessitados da cidade. Finda a falação fiz-lhe ver que não podia fazer aquilo, pois continuaria na mesma situação da falta de dinheiro para viver. Mas ele respondeu de pronto, que viveria da comissão dada pelas construtoras e outras empresas que serviam à prefeitura. Disse-lhe que não podia fazer aquilo porque era ilegal .Boca assustou-se e disse:
- Ué, se é ilegal como é então que todos fazem?
Pois é, o Partido dos Trabalhadores, age conforme Boca (sem nenhuma alusão à definição de Garotinho), conseguiu banalizar e ilegalidade e numa mistura de esperteza com ingenuidade faz escancaradamente se sem pejo o que Cláudio Humberto descreve:
Dízimo no PT tem até tabela
"Principal fonte do PT, o dízimo pago pelos ocupantes de cargos no governo Lula obedece a uma tabela, que a direção do partido não se constrange em divulgar no próprio site. Quem recebe até R$ 900 está isento, mas a maioria embolsa salários superiores a R$ 3.600, por isso está obrigada a pagar R$ 252,00 mensais. O PT admite que cerca de 5 mil filiados têm cargos no governo Lula, mas a oposição acredita que esse número é bem maior."

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