Coisa estranha que acontece no Brasil é essa briga por cargos.
Cargos de todos os tipos; em ministérios, em autarquias, em empresas de economia mista; de primeiro ou de segundo escalões, em alguns casos até de menor importância.
A briga é tamanha que, em não sendo efetivada a nomeação, um partido inteiro, quer no Senado, quer na Câmara, vinga-se do governo votando contra (não importa contra o que, desde que seja contra o governo).
A ânsia transcende qualquer tipo de vergonha, individual ou coletiva. Faz com que certos indivíduos percam todo e qualquer vestígio de honra, de amor próprio, que poderiam (e deveriam) ter.
Apesar de não gostar de citar nomes, por poder estar cometendo alguma injustiça, abrirei uma exceção para citar um caso que me parece emblemático: o de Presidente, ou Diretor Geral, do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes). O Sr. Luiz Antônio Pagot, indicado pelo Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, está aguardando que seja nomeado para o cargo há cerca de 350 dias (se é que já não completou os 365 dias que compõem o ano) !!
Cargos de todos os tipos; em ministérios, em autarquias, em empresas de economia mista; de primeiro ou de segundo escalões, em alguns casos até de menor importância.
A briga é tamanha que, em não sendo efetivada a nomeação, um partido inteiro, quer no Senado, quer na Câmara, vinga-se do governo votando contra (não importa contra o que, desde que seja contra o governo).
A ânsia transcende qualquer tipo de vergonha, individual ou coletiva. Faz com que certos indivíduos percam todo e qualquer vestígio de honra, de amor próprio, que poderiam (e deveriam) ter.
Apesar de não gostar de citar nomes, por poder estar cometendo alguma injustiça, abrirei uma exceção para citar um caso que me parece emblemático: o de Presidente, ou Diretor Geral, do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes). O Sr. Luiz Antônio Pagot, indicado pelo Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, está aguardando que seja nomeado para o cargo há cerca de 350 dias (se é que já não completou os 365 dias que compõem o ano) !!
Creio não haver nada parecido em toda a história do Brasil, quiçá do mundo !
Deve ser um cargo muito bom para que alguém se humilhe esperando tanto tempo!
Há poucos dias, os Senadores do PMDB votaram contra a aprovação de u’a Medida Provisória(que, entre outras coisas, prorrogava o prazo para o registro de armas), em represália ao fato de o governo ter nomeado dois de seus afilhados para Diretorias da Petrobrás (ou de uma de suas subsidiárias, não importa), contrariando acordo que existia para que tais nomeações só fossem efetivadas após a conclusão de outras medidas.
Toda essa ânsia por nomeações, toda essa falta de qualquer tipo de orgulho ou de vergonha, toda essa sede insaciável, tanto por parte de partidos como de pessoas, nos induz obrigatoriamente a pensar que muito, mas muito dinheiro mesmo, está em jogo, dinheiro que não será usado de maneira absolutamente lícita !! E mais, que o uso que se fará dessa dinheirama retornará de alguma forma (também não lícita) para as pessoas ou partidos que se envolverem em seu uso.
Seria totalmente incorreto pensar que uma legião de “Pagots” deseja ser nomeada só para conseguir u’a melhora no salário que oficialmente lhes será pago, salário a ser penalizado com o desconto de 27,5% de Imposto de Renda na fonte. Além disso, não é crível que em qualquer organização, seja autárquica, ou de economia mista ou governamental mesmo, haja desníveis salariais tão grandes a justificarem toda essa ânsia!
Aliás, em política, vemos de tudo neste nosso sacrificado Brasil ! Por que será que uma pessoa supostamente bem formada, como o ex- e futuro Ministro-Secretário do
já notório “Sealopra”, Roberto Mangabeira Unger (que parece ser filósofo e professor de direito na Universidade de Harvard), depois de fazer sérias acusações ao presidente da Silva, inclusive “exigindo” seu impeachment, muda radicalmente de opinião e aceita um cargo absolutamente desnecessário de planejamento a longo prazo ? Não pode ser pela remuneração, pois o ex-Ministro Waldir Pires declarou a uma CPI que os Ministros eram muito mal pagos (aí também uma contradição, porque seria mais decente, mais limpo, o então ministro simplesmente renunciar). Qual a razão, então ? Certamente, os vis $$$$$$$$$$$ não muito limpos.
Vale ainda mencionar que o Brasil é o paraíso dos chamados “CC” e assemelhados, quais sejam, os que entram para o serviço público sem a prestação de qualquer concurso; sequer são analisados currículos e folhas corridas, até porque muitas das vezes aqueles são inexistentes e estas são excessivamente extensas...
Nada do que é mencionado acima não existia antes do atual governo. No Brasil, existiu sempre.
Mas jamais com a quantidade e a intensidade que se tornaram habituais no atual governo. A sofreguidão, mal comparando, é idêntica a que teria por água potável alguém que tivesse perambulado absolutamente perdido em um deserto e, repentinamente, encontra um oásis com água límpida à vontade. Ou alguém que não tenha ingerido qualquer alimento durante tempo considerável e, de um momento para outro, depara-se com mesa farta com as melhores iguarias. Aí há o perigo de o indivíduo acabar se empanturrando de tal maneira que acaba adoecendo, talvez até morrendo.
Infelizmente os políticos e os vorazes por dinheiro e mais dinheiro não correm esse risco. Esse é um daqueles problemas que, por si só, a natureza não corrige. Isso só ocorre quando alguém mais ganancioso consegue desbancar o “dono” do cargo.
Tenham certeza meus leitores de que, nesses assuntos (cargos e cifrões), é perfeitamente verdadeira e aplicável a frase tão utilizada por nosso presidente da Silva, “de que nunca antes neste País, desde seu descobrimento há alguns milênios, fez-se tanto como está sendo feito agora”.
Disso ele pode se orgulhar (enquanto o povo se envergonha) !
Tanto que agora (na última 2ª feira, mais especificamente) fez a apologia da admissão de funcionários públicos; “não representam qualquer inchaço do governo”.
Agüente-se o cidadão comum; durma com esse barulho !
Deve ser um cargo muito bom para que alguém se humilhe esperando tanto tempo!
Há poucos dias, os Senadores do PMDB votaram contra a aprovação de u’a Medida Provisória(que, entre outras coisas, prorrogava o prazo para o registro de armas), em represália ao fato de o governo ter nomeado dois de seus afilhados para Diretorias da Petrobrás (ou de uma de suas subsidiárias, não importa), contrariando acordo que existia para que tais nomeações só fossem efetivadas após a conclusão de outras medidas.
Toda essa ânsia por nomeações, toda essa falta de qualquer tipo de orgulho ou de vergonha, toda essa sede insaciável, tanto por parte de partidos como de pessoas, nos induz obrigatoriamente a pensar que muito, mas muito dinheiro mesmo, está em jogo, dinheiro que não será usado de maneira absolutamente lícita !! E mais, que o uso que se fará dessa dinheirama retornará de alguma forma (também não lícita) para as pessoas ou partidos que se envolverem em seu uso.
Seria totalmente incorreto pensar que uma legião de “Pagots” deseja ser nomeada só para conseguir u’a melhora no salário que oficialmente lhes será pago, salário a ser penalizado com o desconto de 27,5% de Imposto de Renda na fonte. Além disso, não é crível que em qualquer organização, seja autárquica, ou de economia mista ou governamental mesmo, haja desníveis salariais tão grandes a justificarem toda essa ânsia!
Aliás, em política, vemos de tudo neste nosso sacrificado Brasil ! Por que será que uma pessoa supostamente bem formada, como o ex- e futuro Ministro-Secretário do
já notório “Sealopra”, Roberto Mangabeira Unger (que parece ser filósofo e professor de direito na Universidade de Harvard), depois de fazer sérias acusações ao presidente da Silva, inclusive “exigindo” seu impeachment, muda radicalmente de opinião e aceita um cargo absolutamente desnecessário de planejamento a longo prazo ? Não pode ser pela remuneração, pois o ex-Ministro Waldir Pires declarou a uma CPI que os Ministros eram muito mal pagos (aí também uma contradição, porque seria mais decente, mais limpo, o então ministro simplesmente renunciar). Qual a razão, então ? Certamente, os vis $$$$$$$$$$$ não muito limpos.
Vale ainda mencionar que o Brasil é o paraíso dos chamados “CC” e assemelhados, quais sejam, os que entram para o serviço público sem a prestação de qualquer concurso; sequer são analisados currículos e folhas corridas, até porque muitas das vezes aqueles são inexistentes e estas são excessivamente extensas...
Nada do que é mencionado acima não existia antes do atual governo. No Brasil, existiu sempre.
Mas jamais com a quantidade e a intensidade que se tornaram habituais no atual governo. A sofreguidão, mal comparando, é idêntica a que teria por água potável alguém que tivesse perambulado absolutamente perdido em um deserto e, repentinamente, encontra um oásis com água límpida à vontade. Ou alguém que não tenha ingerido qualquer alimento durante tempo considerável e, de um momento para outro, depara-se com mesa farta com as melhores iguarias. Aí há o perigo de o indivíduo acabar se empanturrando de tal maneira que acaba adoecendo, talvez até morrendo.
Infelizmente os políticos e os vorazes por dinheiro e mais dinheiro não correm esse risco. Esse é um daqueles problemas que, por si só, a natureza não corrige. Isso só ocorre quando alguém mais ganancioso consegue desbancar o “dono” do cargo.
Tenham certeza meus leitores de que, nesses assuntos (cargos e cifrões), é perfeitamente verdadeira e aplicável a frase tão utilizada por nosso presidente da Silva, “de que nunca antes neste País, desde seu descobrimento há alguns milênios, fez-se tanto como está sendo feito agora”.
Disso ele pode se orgulhar (enquanto o povo se envergonha) !
Tanto que agora (na última 2ª feira, mais especificamente) fez a apologia da admissão de funcionários públicos; “não representam qualquer inchaço do governo”.
Agüente-se o cidadão comum; durma com esse barulho !
Um comentário:
Alô, Adriana.
Novamente Peter acerta o alvo com competência.
O símile que se me apresenta é compará-los a hienas, sempre brigando pela carniça, apesar de não gostar de fazer comparações com animais, que não são racionais, como já comentei com o Ralph. Abri uma exceção neste caso, porque, ao final, a tentativa é mesmo por morder um pedaço da carniça.
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