19 de out. de 2007

Demônio, poder, vaidade.

Por Francisco Marcos, cientista político.

“Tudo que o demônio sugere tem a ver com o binômio poder/vaidade, seja pelos milagres de transformar pedras em pães ou saltar do alto do templo sem se machucar, seja pela guinada em direção à política para atender ao que, no fim das contas, era o que o povo judeu realmente esperava.
O poder que, em si, não é mau, transforma-se em algo desastroso quando deixar de ser meio para se tornar um objetivo, ou quando, uma vez atingido, deslumbra seu detentor a ponto de nublar suas percepções e decisões. Tanto num caso como no outro, o vírus mais letal no processo de desencaminhamento do poder é a vaidade.
Por causa da vaidade, políticos torram dinheiro em obras desnecessárias, empresários perdem o senso de hierarquia em seus investimentos, grandes tragédias acontecem na humanidade, guerras eclodem, magoas florescem, ditaduras se formam, agências de propaganda perdem o rumo (das campanhas que criam, dos clientes que atendem e da própria razão de existir) e pessoas simplesmente se perdem.”

*nota no rodapé
Rubens Alves já disse que educar é ensinar a pensar. Longe de mim pretensões de ser um educador, o trecho aspado é para que propicie aos leitores de p&p a oportunidade para refletirem e elaborarem suas próprias conclusões.
* compilado do livro “O Deus da Criação” de Adilson Xavier”.

Um comentário:

ma gu disse...

Alô, Adriana

Muitos leitores de p&p tem consciência e parametram suas escolhas políticas entre os menos piores dos disponíveis. O problema são os outros, que não sabem usar parâmetros...