6 de out. de 2007

Dignidade! Atributo Desconhecido Por Muitos Senadores

Por Giulio Sanmartini

Dignidade é o modo de alguém proceder ou se apresentar que inspire respeito, gravidade, brio e distinção; portanto é um atributo indispensável aos homens ditos de bem. Mais indispensável ainda deve ser a quem se propões a dirigir uma nação.
O Brasil teve fases de indignidade nos três poderes, mas a que está se vendo agora é assustadora e inacreditável.
No Poder Executivo o presidente não é digno nem nas suas atitudes nem nos seus princípios, por ser conivente com o corruptos que infestam seu governo desde Palácio da Planalto, passando pela Granja do Torto e findando em sua residência particular de São Bernardo.
No Judiciário encontram-se magistrados que pavimentam seu caminho com a parcialidade, sempre defendendo os mais fortes e valendo-se da mão pesada com os humildes.
Mas o grande viveiro da indignidade está no Pode Legislativo, nessa fase, mais especificamente no Senado. A queda livre começou com o peculatário presidente da casa, que foi absolvido pelos seus pares, mesmo com provas incontestes, de seus crimes. A súcia que o defende, valendo-se de todos os meios criminosos que lhes estão ao alcance deveriam estar na cadeia ou homiziados num covil, mas eles encontram abrigo no Senado Federal.
Carlos Chagas escreve sobre a mais recente indignidade cometida por um bom número de senadores seja por ação, seja por omissão.
“A razão continua com mestre Helio Fernandes, para quem, no Brasil, o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera. No Senado, também. Depois de tanta lambança verificada em torno da questão Renan Calheiros, vêm agora os caciques do PMDB no Senado e expulsam da Comissão de Constituição e Justiça seus dois representantes mais ilibados, Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos.
Por quê? Mais do que por sustentarem o afastamento de Renan da presidência do Senado, porque não integram o bloco governista. São independentes, não fogem da obrigação de exprimir seus pontos de vista. Dois ex-governadores, um do Rio Grande do Sul, outro de Pernambuco, encarnam o espírito libertário desses dois estados. Deixaram os governos sem que uma só denúncia tenha sido feita contra a lisura de suas administrações.
Fundadores do velho MDB, formaram na primeira linha de resistência à ditadura. No Senado há 25 anos, um, e eleito em 2006, o outro, seriam o que de melhor o PMDB poderia oferecer à casa, em matéria de presidentes. A gente se pergunta quais foram os responsáveis pelo afastamento dos dois. Não terá sido, isoladamente, o desconhecido líder do partido, Waldir Raupp. Nem o contestado líder do governo, Romero Jucá. Renan Calheiros, acusado, acaba de declarar nada ter a ver com o episódio. Do Palácio do Planalto saíram logo informações a respeito de o presidente Lula não ter participado de nada.
Quem foi o articulador da degola? E por que senadores como José Sarney e Roseana Sarney saltaram de banda? No fim de tudo, o responsável terá sido o lobisomem...”

Um comentário:

Anônimo disse...

Sr. senador Romeu Tuma,

Eu sempre tive um profundo respeito pelo senhor, por seu passado de combate contra a Peste Vermelha, que, pelo visto, o senhor não se lembra mais, ou lembra? Certo dia, vi uma imagem na TV em que o Sr. chegou a chorar, quando um esquerdista lhe atacou, acusando-o de ter sido o "delegado da tortura". Eu também fiquei emocionado, mais revoltado do que emocionado, pela desfaçatez do militante pró-terrorista, pois pensei que suas lágrimas fossem lágrimas verdadeiras.

A primeira decepção que tive com o Sr., apesar de não ser seu eleitor (e teria sido, nos últimos anos, se eu morasse em São Paulo), foi quando, como Corregedor do Senado, o Sr. começou a "amaciar" seu parecer em relação à primeira acusação movida contra o senador Renan Calheiros. Naquele instante tive certeza que o bravo delegado Tuma, que enfrentou terroristas nas décadas de 1960 e 70, não existia mais. O que vi foi um espantalho, igual a todos os espantalhos do Conselho de Ética, na verdade, conselho da caca, pois de ética aquele bando não tinha mais coisa alguma. O que o Sr. e o conselho da caca fizeram, protelando por semanas o caso Renan para que caísse no esquecimento, foi uma desfaçatez sem tamanho, uma agressão a toda a sociedade brasileira, coisa só encontrada entre os meliantes, não entre um parlamentar que deveria honrar o voto recebido dos cidadãos. Na época me perguntei: quem irá submeter o Conselho de Ética, digo, conselho da caca, ao Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar, já que tal Conselho não existia mais, estava podre e fedendo, sem decoro algum, pedindo para ser enterrado o mais rápido possível?

A segunda decepção que tive foi saber que o senhor se bandeou para as hostes do PTB do asqueroso Sr. Roberto Jefferson, o corrupto que entregou seus comparsas porque foi passado para trás, bem ao estilo dos mafiosos, que só abrem o bico quando são enganados. Confesso que a revolta que sinto não é tanto pela traição à legenda pela qual o Sr. foi eleito, e que deveria entregar o cargo ao partido, não rifá-lo em público para interesses escusos. Essa traição é até normal no meio parlamentar, infelizmente. O que me revolta é que neste exato momento em que as esquerdas estão preparando um plano de governo totalitário, dentro dos moldes comunofascistas propostos por Gramsci, "patrolando" a oposição para atingir os seus objetivos, os poucos parlamentares que eu julgava serem éticos para combater o retorno da Peste Vermelha estão se bandeando para o lado do inimigo, como é o caso do senhor. O que poderão fazer os poucos gatos pingados que sobrarão na selva do Congresso Nacional, povoada por leões, chacais e hienas? O que poderão fazer Jefferson Peres, Pedro Simon, Cristóvam Buarque, Demóstenes Torres e pouquíssimos outros, que ainda têm um pouco de compostura e não venderam sua alma ao diabo?

O senhor deveria ser expulso do Senado a chutes no trazeiro, e chibatadas nas costas, por ter traído a confiança de seus eleitores. É lamentável a atual subserviência dos parlamentares ao corrupto desgoverno Lula. Agora, traindo seus princípios cristãos e democráticos, o Sr. será mais um kamarada a apoiar a bandalheira que tomou conta do Brasil. O Sr. não tem vergonha na cara?

Tristemente,

Félix Maier
Capitão da reserva do Exército
ternuma