9 de out. de 2007

Era papel higiênico!

Por Adriana Vandoni

Não teve outro jeito! Tirei uns dias de folga, mas tive que romper o meu silencio “descansativo” para uma nobre causa. Dar os parabéns ao secretário de saúde de Cuiabá, Guilherme Maluf, pela esplêndida jogada de mestre!
Guilherme se superou e num só golpe subiu no patamar político. Sua tramóia foi tão bem planejada e tão bem acertada que certamente ele se credenciou para vôos mais altos. A sua “catchiguria” foi ao estilo Bebel, aquela personagem da novela Paraíso Tropical que num dos seus golpes falsificou um exame de DNA e tal qual Maluf, que falsificou uma ficha de filiação, não foi punida, apenas se gabaritou para ser amante de um senador da república.
Mas existe um detalhe crucial que difere Maluf de Bebel. É o Jader. O Jader dela era mais eficiente que o dele. Ô Mané, o seu Jader planejou errado!!! Te arrumou um programa brocado!!!
Maluf, por meio de sua assessoria divulgou nota dizendo que não houve infidelidade. Está certo, afinal, existia a concordância dos dois partidos envolvidos e traição avisada não existe, no máximo pode ter havido um bacanal, afinal teve a participação de todos. Veja, no PSDB está o articulador da manobra, o Jader de Maluf, já no PMDB está Carlos Bezerra, que sabia de tudo e funcionou como um Jader do partido.
Essa gente é esperrrrta meiiiismo! Só queria saber que papel foi aquele assinado diante das câmeras fotográficas durante a festinha da falsa filiação no PMDB. Mas só o ilustre Maluf pode me responder: Que papel era aquele, nobre médico, parlamentar licenciado e digníssimo secretário municipal de saúde? Qual papel o senhor assinou? Aposto que era apenas um pedaço de papel higiênico, sem dúvida seria o mais apropriado para tal gesto e para condizer com a importância que sua assinatura adquiriu.
E os presentes na festinha de filiação?, sabiam que estavam se prestando ao deplorável papel de figurantes num fiminho de sacanagem? Pobre militância, sempre é a mais prejudicada, neste caso foi uma tremenda falta de respeito tanto à militância do PMDB e como do PSDB. Pelos militantes me compadeço.
Tem razão Guilherme Maluf ao dizer: “Não enganei ninguém, não pratiquei nenhum crime e ninguém foi lesado”, de fato, ninguém além da sua própria integridade e honra, foi lesado, afinal, sua manobra extrapolou os limites do que pode chamar de “articulação política”, foi a postura como homem que foi afetada. Independente dos motivos sejam eles escusos ou não, acredito que sejam escusos, que o fizeram anunciar sua troca de partido, e independente dos dois partidos envolvidos na tramóia, o mais alarmante foi sua total falta de noção de moralidade, hombridade e porque não dizer, falta de vergonha na cara.
Mas isso é pra quem tem. E em tendo, o deputado licenciado precisará ter muita fibra para olhar nos olhos de sua família, dos seus filhos e pais, nem digo dos seus eleitores, já que seria pedir demais. Qualquer pessoa com um nível razoável de índole se sentiria envergonhada.
Por essas e outras que desejo a Guilherme Maluf uma longa vida na política, pois seus atos, como político, traçaram seu perfil como médico. E de certo essa política lhe cai melhor que uma clínica médica. Falsificar ficha de filiação, brimo??? Essa foi de lascar!!!
De resto, é inútil divulgar notinhas e explicações, afinal, suas ações falam mais alto que suas palavras.
Bem, mas o fato é que o fato aconteceu. O que fazer? Nada. Pelo menos até a próxima eleição.
Para terminar faço uma pergunta ao leitor: Você confiaria a saúde de um município como Cuiabá nas mãos de uma pessoa dessas?
Nem eu!
Mas o seu prefeito confia!

Um comentário:

Unknown disse...

Ó Adriana eu vou falar com o seu chefe(se voce tiver é claro)para suspender o seu descanso até o final do ano, agora que a politica esta pengando fogo a nivel de MT e DF voce vai sair de fininho?negativo!não vai fazer como o nosso presidente quando o circo está pegando fogo ele vai para o exterior estou louco para ler seus comentarios sobre o Maluf pantaneiro (aquele que assinou e não assinou a ficha de filiação) e sobre o Renan