
“Se há uma classe de pessoas que fazem da mentira, mais do que um hábito, uma arte, são naturalmente os políticos - e, entre eles, os mais exímios tapeadores são, obviamente, os mais cínicos, que não enrubescem quando passam seus contos-do-vigário e assim evitam, ou adiam, o descrédito. No fundo, assim como se diz que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, a mentira bem contada é uma forma de respeitar a inteligência alheia. Pois foi rigorosamente o contrário disso, ou seja, um escárnio à inteligência, uma zombaria de quem as ouvem ou lêem, as patranhas proferidas pelo presidente Lula ao ser indagado pelos jornalistas sobre a fragorosa derrota que sofrera na véspera, quarta-feira, no Senado. Por 46 votos a 22, a Casa derrubou a medida provisória que havia criado a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, cujo titular era o controvertido acadêmico Roberto Mangabeira Unger.”
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
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