15 de out. de 2007

Passando o feriado

Por Laurence Bittencourt Leite, jornalista

Brasileiro não entende isso, claro, mas a queda do muro de Berlin foi certamente a coisa mais importante que aconteceu para o mundo, nos últimos cinco mil anos. O muro tapava a visão do mundo inteiro, me entendam, mas principalmente da esquerda, festiva ou não, que a meu ver é tapada por vida (de nascença).
Basta um dado. Depois que os indianos colocaram para fora os ingleses e passaram a ser governados pelo inepto e inexperiente Nehru, eles enviaram um grupo de economistas para a Rússia, Jesus, achando que era lá que estaria o saber do mundo. Hoje podemos dizer que se eles nada sabiam de economia, com a ida para a Rússia, voltaram sabendo menos ainda. Com esse “processo”, a Índia liquidou a parca iniciativa privada entupindo-a de regulamentos, como é hoje, por exemplo, no Brasil de Lula e que tais. Por falar nisso, o que tem de bom no governo Lula é o que ele copiou de FHC e de ruim o que ele criou. Mas deixa pra lá.
Mas com a queda do muro, ai não houve mais jeito. O mundo teve que tirar as vendas que escureciam a racionalidade econômica, passando a Índia, por exemplo, a trocar de sistema, abraçando a causa capitalista sendo hoje um dos países abertos (quá, quá, quá) e que mais crescem no mundo, ainda que estejam cheios de dificuldades em diminuir a pobreza pelas políticas praticadas pelos esquerdistas que acreditavam (ou será que acreditam?) que o Estado seja um gerador de riqueza.
No Brasil infelizmente a queda do muro parece sequer ter ocorrido, quanto mais ter gerado algum proveito, se bem que acompanhando a viagem da governadora socialista (humm), Wilma de Faria, a terra do Tio Sam, para “vender” o Rio Grande do Norte, fiquei me perguntando se alguma coisa mudou. Os wilmistas locais claro, não emitiram (convenientemente, como sempre) nenhum comentário, limitando-se a “noticiar” a viagem da “professora”. O que será que mudou? Os socialistas ou a terra do Tio Sam? Quanta picaretagem. Quanta.
Mas se a queda do muro abriu as comportas, acabando com repressões, isolamentos forçados (percebam como todo esquerdista é excludente), restrições culturais, podemos fazer um paralelo e dizer que talvez tenhamos retrocedido em relação à ditadura militar que impôs o DOI-CODI a partir de 1969. Explico: hoje a carga tributária do Brasil criada pela nossa pseudo-democracia (constituída por um só regime, o executivo) se tornou pior que o DOI-CODI, em especial para os pobres. O DOI-CODI prejudicava apenas os oposicionistas do regime militar, prendendo e torturando, o que é lamentável, já a carga tributaria atinge indiscriminadamente a todos, além de torturar, acrescento, principalmente os pobres, os mantendo presos na miséria.
O nosso atraso é tamanho que fiquei pensando esses dias de feriado, que só tivemos a nossa PRIMEIRA biblioteca, eu falei primeira, com a chegada da Corte Portuguesa (fugindo de Napoleão) em 1808. É ela a hoje famosa Biblioteca Nacional do Rio do Janeiro. Já os Estados Unidos (tão atrasados eles!) em 1755, tinham cinco universidades, a de Yale, que fica em New Haven, no estado de Connecticut, a de Havard, Columbia, Princeton e a Universidade da Pensilvânia. E quando chegaram a nossa primeira Universidade na década de 1920, os states já tinham 75 universidades (privadas, vale acrescentar).
Num momento em que tantos falam em educação como “a saída”, é fácil constatar que além de perpetuar a miséria temos vocação para perpetuar a ignorância, o que dá no mesmo. Basta dizer que no inicio do século (quem quer saber disso, meu deus?), em Chigaco havia um bairro extremamente pobre. Queriam saber como acabar com essa disparidade, e perguntaram ao velho Ford o que era possível fazer para acabar com a miséria. Resposta: construa-se uma Universidade dentro do bairro pobre. E assim foi feito. Mudou o bairro. O incrível (e essa é a diferença) é que esse mesmo racicionio, foi feito no Rio de Janeiro (o mesmo que recebeu a nossa PRIMEIRA biblioteca), transferindo a Universidade Federal do RJ para o famoso bairro do Fundão, seguindo o exemplo de Ford. A Universidade em vez de acabar com as favelas, transformou-se numa favela (mental).
O que mais intriga nesses absurdos nossos, é que nossos esquerdistas sonham obsessivamente em acabar com o imperialismo americano, sem se dar conta de que o imperialismo soviético ruiu. Alias, por que todos os impérios ruíram e o império americano se mantem firme? Pensando nisso me veio uma idéia que achei interessante. Os romanos por exemplo, invadiam os povos na antiguidade, e imponham impostos pesados a eles. Os americanos ao contrário, constroem mercados, e não impõem impostos (foi devido a isso que os EUA se rebelaram contra os ingleses pelos pesados impostos recebidos, gerando sua independência). O que os EUA geram são royalties, o que eu acho mínimo (para quem entende) em relação ao que eles dão em troca. Se a tese de Gibbon, de que os romanos ruíram porque não souberam administrar despesas e receita estiver certa, parece-me que tal questão está longe de ocorrer com os EUA.

2 comentários:

Anônimo disse...

Imagens fortes de fome, miséria e tirania, mas que têm de ser vistas e revistas, dada a importância do fato.

O Massacre

http://novamensagem.blogspot.com/2007/10/fotos-da-revoluçãoo-russa.html



ACORDEM AS LEGIÕES !!!

Anônimo disse...

No Brasil e em quase toda a América do Sul, o comunismo está no auge da moda. Espero que tal moda esteja mesmo no seu ápice e que, daqui pra frente, comece a se esgotar.