Nos anos 50, o Brasil tinha aéreas à mão cheia. Pannair, Real Aerovias, Loíde Aéreo, VASP, Cruzeiro do Sul, Varig, NAB, Sadia, entre outras. A Varig desejosa pelo monopólio foi comprando às aéreas menores. Com o golpe militar de 1964 conseguiu que os milicos encerrassem as operações da Pannair do Brasil, a maior aérea da época. Mais adiante adquiriu a sua a maior concorrente à Cruzeiro do Sul.
A partir daí passou a ostentar o monopólio da aviação civil, deixando para a estatal VASP e a Sadia as migalhas.
Durante anos, a música tocou assim. A Varig era quem ditava as regras da aviação civil brasileira.
Como quem, com ferro fere, com ferro será ferido, a Varig, devido à gestão descontrolada quebrou. Antes dela quebraram a Transbrasil (sucessora da Sadia) e a VASP (já privatizada).
Isso tudo aconteceu na aviação civil sem que as sucessivas administrações federais tomassem qualquer providência. O saco de problemas foi enchendo e acabou transbordando no governo Lula, que ousou criar a Anac, coisa que FHC não teve coragem de fazer.
Hoje estamos nas mãos de duas grandes empresas aéreas: TAM e Gol. Existem coadjuvantes como a Web Jet, a OceanAir, a Nova Varig (controlada pela Gol) e várias aéreas regionais, como a Trip, Rico, Pantanal, Passaredo, haja vista que BRA, a terceira empresa do país, parou de voar, demitiu 1.100 funcionários e deixou um passivo de 70 mil passagens aéreas vendidas.
Aliás, só as autoridades federais não sabiam que a BRA estava prestes a encerrar suas operações, pois meio Brasil já sabia.
O mais grave de tudo isso é que os maiores culpados pelos cancelamentos e atrasos de vôo são a Anac Infraero e os Cindactas, pois as aéreas, que nos restam, precisam dos serviços destes órgãos federais, que geralmente os prestam de maneira pouco eficiente. Eis um exemplo:
Galeão 10h30min do dia 7 de novembro. Passageiros do vôo 1600 da Gol para Salvador descobrem que não irão mais embarcar pelo portão cinco e sim pelo portão remoto R5. Aí, a aérea informa que está esperando que a Infraero disponibilize os ônibus que vão transportar os passageiros ao avião. O vôo que partiria as 11h00min começa a atrasar. Finalmente, depois de trinta minutos os ônibus aparecem. Todo mundo acomodado na aeronave, embarque encerrado, o comandante avisa que agora depende dos controladores de vôo para iniciar o procedimento de decolagem. Moral da história. Quarenta minutos presos no avião que decola com uma hora e meia de atraso para Salvador.
Isso deixa claro que o maior problema do caos aéreo é a ineficiência dos serviços prestados pelos órgãos do governo federal. Enquanto isso, o ministro responsável pela área alisa cobra sucuri para deleite dos repórteres fotográficos. Do jeito que vai até urubu está com medo de voar.
Isso tudo aconteceu na aviação civil sem que as sucessivas administrações federais tomassem qualquer providência. O saco de problemas foi enchendo e acabou transbordando no governo Lula, que ousou criar a Anac, coisa que FHC não teve coragem de fazer.
Hoje estamos nas mãos de duas grandes empresas aéreas: TAM e Gol. Existem coadjuvantes como a Web Jet, a OceanAir, a Nova Varig (controlada pela Gol) e várias aéreas regionais, como a Trip, Rico, Pantanal, Passaredo, haja vista que BRA, a terceira empresa do país, parou de voar, demitiu 1.100 funcionários e deixou um passivo de 70 mil passagens aéreas vendidas.
Aliás, só as autoridades federais não sabiam que a BRA estava prestes a encerrar suas operações, pois meio Brasil já sabia.
O mais grave de tudo isso é que os maiores culpados pelos cancelamentos e atrasos de vôo são a Anac Infraero e os Cindactas, pois as aéreas, que nos restam, precisam dos serviços destes órgãos federais, que geralmente os prestam de maneira pouco eficiente. Eis um exemplo:
Galeão 10h30min do dia 7 de novembro. Passageiros do vôo 1600 da Gol para Salvador descobrem que não irão mais embarcar pelo portão cinco e sim pelo portão remoto R5. Aí, a aérea informa que está esperando que a Infraero disponibilize os ônibus que vão transportar os passageiros ao avião. O vôo que partiria as 11h00min começa a atrasar. Finalmente, depois de trinta minutos os ônibus aparecem. Todo mundo acomodado na aeronave, embarque encerrado, o comandante avisa que agora depende dos controladores de vôo para iniciar o procedimento de decolagem. Moral da história. Quarenta minutos presos no avião que decola com uma hora e meia de atraso para Salvador.
Isso deixa claro que o maior problema do caos aéreo é a ineficiência dos serviços prestados pelos órgãos do governo federal. Enquanto isso, o ministro responsável pela área alisa cobra sucuri para deleite dos repórteres fotográficos. Do jeito que vai até urubu está com medo de voar.
Um comentário:
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Adriana,
Já ouví de 'especialistas' que mesmo considerand nossa extensa aéa territorial, quando se trata da existência de companhias aéreas, queremos ser diferentes doresto do mundo.
Po que tal comentáio? Pois é. É que les consideram (ao que parece, corretamente) que devido às condições sócio-econômicas da população não haveria mercado para mai do que uma companhia aérea sem que houvesse uma competição predatória enre elas (devido as altíssimos custos fixos a que elas se submetem).
Como comparação (e não saí para tentar "desmentí-los"), citaram que só USA, Japão, China e ou outro país (além do Brasil) — e todos do 1º mundo, com população de elevado poder eonômico — teriam mais do que uma ou duas companhias aéreas de porte canibalizando-se para atrair o mercado.
Assim sendo, fico 'a pensaire' se "esses caras" não estão mesmo com a razão da história?
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