5 de nov. de 2007

Coerência

Por Fabiana Sanmartini

Quando o cão chega a casa começam as disputas absolutamente normais entre os moradores. È de mim que ele gosta mais, não é atrás de mim que ele anda, é comigo que ele brinca...
Então começa o processo de deseducação para ter mais amor do filhote. São comuns atitudes como dar comida à mesa, pedacinhos de carne, deixar que ele suba no sofá ou na cama, quando quem não permite o acesso a estes lugares não esta em casa, não brigar para não magoar o cãozinho. Assim começa a guerra pelo lugar mais alto no coração canino. Vamos lembrar que cães vivem em matilha e que seguem um líder, portanto as ordens devem ficar bem definidas para não haver contradições. É interessante que sejam decididos anteriormente os limites que serão empregados, desta forma evitam-se as contra ordens e também a confusão. Associe seu amor a uma vida equilibrada com passeios, petiscos (para cães ou cenouras cruas, por exemplo) e brincadeiras. Construa uma relação psicologicamente estável, conseqüentemente mais saudável. Deixe claro que existem regras a serem cumpridas e recompense-o, estimule-o a obedecer. Cuidado para não prejudicar seu cão por egoísmo. Lembre-se que o principal é o bem estar do animal e que este é promovido através de amor. Um relacionamento afetivo não se baseia somente em água fresca e ração de boa qualidade. Também não adianta “comprar” o cachorro com guloseimas e atitudes permissivas, ele vai continuar a ficar mais feliz com a chegada do passeador do que com a sua. Não somos donos dos animais nem das pessoas, convivemos com ambos. Quando o assunto é amor, o egoísmo deve ficar de lado e o ciúme atrapalha. Educar seu cão ainda quando filhote é ter a certeza de que ele será companheiro futuro. Interação, esta é a palavra e a atitude. Vale como sempre a máxima não é a quantidade de tempo e sim a qualidade do tempo dado não só ao animal, mas a qualquer um com quem se deseje relacionar com respeito.

Um comentário:

Ralph J. Hofmann disse...

Fabiana

Como pai de família eu não me envolvia na disputa pelo afeto dos cães e gatos da casa. Meus três filhos e minha -esposa se derramavam sobre gatos e cachorros com palavras de carinho, comida num esforço de "bonding".

Daío a pouco os gatos siameses se intalavam comigo na poltrona e os cachorros a meus pés;

Parece que sabiam que comigo ao menos tinham tranqüilidade.

Ralph