21 de nov. de 2007

Cotas para a Presidência

Por Fabiana Sanmartini

Que o pais é racista já sabia, o desavisado é mais uma vez o presidente Lula. O preconceito mora ao lado e o pior tipo, o disfarçado de bondade. Os senhores de engenho que escravizavam e tratavam os negros, não só os negros como também os índios, como mercadoria também eram tão igualitários que muitas vezes permitiam escolas nas fazendas. Vejam que bondade!
Os filhos dos escravos podiam até aprender a escrever o próprio nome! Se o esquema é para todos que trabalharam em sistema escravo e ou injusto, eu também quero cota! Sou descendente de imigrantes que substituíram os escravos após a abolição. E olha o sistema não era dos melhores, é bem verdade que já não mais eram escravos, mas foram explorados e colocados em situações subumanas. Ora, se tivéssemos no Brasil uma política de educação séria, não seriam necessárias as cotas! Ou mesmo, haveria cota para o aluno do ensino público com bom histórico, independente da cor da pele. Quando se é igualitário a cor da pele, o credo, a ascendência...pouco importam. O que faz a diferença é a aptidão para esta ou aquela coisa. É obrigação do governo manter uma educação que coloque os alunos em situação de igualdade na hora de disputar vagas no vestibular pra as faculdades. Mas quando o país esta cheio de obras assistencialistas que não garantem alimentação nem educação, realmente o que menos importa é a quantidade de melanina. Acho realmente ofensivo declarar que o afro descendente não tem competência ou inteligência suficiente para chegar à cadeira de uma faculdade e desta forma precisem entrar pela janela. É racismo! Mas o presidente mal sabe o que é sentar em uma cadeira de escola, ele também poderia ter continuado como o companheiro Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, igualmente metalúrgico, só que hoje Bacharel em Direito. Mas posso também sugerir cotas para a presidência do país! Mais ou menos assim a cada dez anos obrigatoriamente teremos que ter um representante afro-brasileiro, assim ficaremos livres da inteligência modesta do atual candidato ao terceiro mandato.
(*) Foto: imagem de escravos na Bahia: interesse pelo negro na Europa gerou mercado lucrativo para os fotógrafos do século XIX

Um comentário:

Anônimo disse...

Com relação ao Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, irmão do presidente-molusco-apedeuta, carece de explicação a mágica que ele fez para obter o bacharelado em direito.
Teria ele o dom da ubiqüidade?
Só assim conseguiria frenquentar a faculdade, que suponho ter sido em São Caetano do Sul, e marcar presença em Brasília, na câmara dos deputados.
Mais uma virtude do pessoal do PT: a onipresença, que outrora supunhamos ser um dom apenas de Deus.
Há que se reconhecer que Vicentinho pelo menos, ainda que com artifícios, conseguiu um diploma de bacharel que o capacitará um dia ser advogado de porta de cadeia.
O molusco irmão, nem isso.
Ora, dirão os vassalos: Mas ele chegou a presidente.
Azar nosso, azar nosso, o que se há de fazer.