8 de nov. de 2007

Dá-lhe Paulo Betti!

Onde aparece a mão do PT, esta sai suja das excreções do peculato.
Os desdobramentos da Operação Persona da Polícia Federal estão tirando o sono de ilustres ocupantes do Palácio do Planalto que acompanham de muito perto tudo o que diz respeito à evolução desta delicada investigação.
É que gravações da PF registraram conversas nebulosas e suspeitas entre dirigentes das empresa Cisco Systems e da importadora Mude com o alto escalão do setor de informática da Caixa Econômica Federal e sugerem uma movimentação para arrecadação de recursos para campanha eleitoral.
A atual vice-presidente de tecnologia da Caixa Econômica Federal é a poderosa Clarice Copetti, de triste lembrança, em março de 2006 Depois de ajudar o ex-presidente Jorge Mattoso a mentir a um grupo de senadores que os visitou, alegando dificuldades para rastrear rapidamente a criminosa quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo, a vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa Econômica Federal, Clarice Copetti (foto), durante seu depoimento na CPI dos Bingos, chegou a se vangloriar por não haver solicitado habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal para que pudesse mentir à vontade. Copetti foi até elogiada pelos senadores por não recorrer ao expediente que beneficiou 18 investigados, até agora.
Mas o fato é que seus advogados impetraram um habeas corpus (HC 88384) ontem mesmo, no STF, mas fizeram uma trapalhada: adotaram a providência tarde demais. O HC (contra o presidente da CPI, senador Efraim Morais) chegou a ser distribuído ao ministro Sepúlveda Pertence. Se a mentira tivesse sido descoberta enquanto prestava depoimento, Copetti poderia ter saído da CPI em um camburão da Polícia Federal.
Copetti é uma herança do poderio de José Dirceu na CEF e é casada com o igualmente poderoso César Alvarez, homem formado no PT gaúcho que despacha ao lado do presidente Lula no Palácio
A Operação Persona, deflagrada na segunda quinzena de outubro, acabou com a prisão de mais de 40 pessoas, entre elas auditores da Receita Federal e altos executivos no da gigante de telecomunicações Cisco Systems e o dono da importadora Mude. Na época foram presos o sócio-presidente da Mude, Moacir Álvaro Sampaio, o presidente da Cisco no Brasil Pedro Ripper, além do ex-presidente da multinacional, Carlos Roberto Carnevali e outros diretores.
O esquema consistia em subfaturamento de produtos importados durante cinco anos via off-shores em paraísos fiscais como Bahamas e Ilhas Virgens. O esquema, que envolve sonegação e ocultação de patrimônio, representou desvio de mais de R$ 1,5 bilhão durante o tempo em que funcionou. (Texto de apoio Weiller Diniz)

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